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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Jovem de 17 anos diz ter sido estuprada em uma delegacia no Pará Delegado responsável pela prisão e escrivão teriam abusado da jovem. Ela foi presa por ter participado de um latrocínio. Acusados não foram afastados

Jovem de 17 anos alega ter sido estuprada dentro de uma delegacia no Pará
Jovem de 17 anos alega ter sido estuprada dentro de uma delegacia no Pará (Cristiano Mariz)
Uma adolescente de 17 anos afirma ter sido estuprada por dois policiais civis em Marabá, cidade a 554 km de Belém. Segundo relato da jovem, os abusos foram praticados em uma delegacia e no quarto de um hotel perto da casa de um dos acusados.
O caso teria acontecido no dia 11 de janeiro, mas será relatado oficialmente ao Ministério Público Estadual nesta segunda-feira. O MP que promete investigar os fatos, considerados "extremamente graves". Enquanto isso, o investigador Marcelo Serra Rocha e o escrivão Jorge Tadeu do Espírito Santo Guilhon, já indiciados por estupro, continuam trabalhando.
A menina foi parar na delegacia depois de ter participado de um latrocínio ao lado do namorado. Um taxista foi abordado pelo casal, mas reagiu e foi assassinado a tiros. A adolescente, que teria testemunhado o crime, foi detida.
Na delegacia, chegou a ser presa em uma cela e liberada depois de afirmar ser menor. Em seguida, foi abordada pelo primeiro agressor.
Segundo denúncia da adolescente, o primeiro estupro aconteceu no banheiro da delegacia. O escrivão Guilhon pediu para que a jovem entrasse no local enquanto aguardava pela chegada dos parentes. Depois de ser violentada, ela teria sido conduzida para a viatura pelo investigador Rocha, para levá-la para sua cidade natal, Redenção.
No caminho, o investigador fez uma parada no hotel e a estuprou pela segunda vez, segundo a jovem. Outro investigador, de nome Nelson, estava na viatura, mas não teve participação no abuso, segundo investigação policial. Antes da viagem, um quarto policial, Rodrigo Paiva Barros, ainda pediu 5.000 reais a um tio da jovem para liberá-la.
Denúncia - Os crimes foram denunciados pela adolescente à polícia de Redenção. A delegada responsável pelo caso, Dinilda Ferreira Costa, não considerou necessário afastar os acusados do serviço. Para o delegado-geral, Rilmar Firmino, todas as providências para a apuração dos fatos foram tomadas.
Nenhum dos policiais citados relatou o caso ao Conselho Tutelar ou ao Ministério Público Estadual (MPE). Para a promotora Cristine Magela Silva Correia, o silêncio significa omissão.

(Com Estadão Conteúdo) 
veja.abril

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