Jovem de 17 anos alega ter sido estuprada dentro de uma delegacia no Pará
(Cristiano Mariz)
O caso teria acontecido no dia 11 de janeiro, mas será relatado oficialmente ao Ministério Público Estadual nesta segunda-feira. O MP que promete investigar os fatos, considerados "extremamente graves". Enquanto isso, o investigador Marcelo Serra Rocha e o escrivão Jorge Tadeu do Espírito Santo Guilhon, já indiciados por estupro, continuam trabalhando.
A menina foi parar na delegacia depois de ter participado de um latrocínio ao lado do namorado. Um taxista foi abordado pelo casal, mas reagiu e foi assassinado a tiros. A adolescente, que teria testemunhado o crime, foi detida.
Na delegacia, chegou a ser presa em uma cela e liberada depois de afirmar ser menor. Em seguida, foi abordada pelo primeiro agressor.
Segundo denúncia da adolescente, o primeiro estupro aconteceu no banheiro da delegacia. O escrivão Guilhon pediu para que a jovem entrasse no local enquanto aguardava pela chegada dos parentes. Depois de ser violentada, ela teria sido conduzida para a viatura pelo investigador Rocha, para levá-la para sua cidade natal, Redenção.
No caminho, o investigador fez uma parada no hotel e a estuprou pela segunda vez, segundo a jovem. Outro investigador, de nome Nelson, estava na viatura, mas não teve participação no abuso, segundo investigação policial. Antes da viagem, um quarto policial, Rodrigo Paiva Barros, ainda pediu 5.000 reais a um tio da jovem para liberá-la.
Denúncia - Os crimes foram denunciados pela adolescente à polícia de Redenção. A delegada responsável pelo caso, Dinilda Ferreira Costa, não considerou necessário afastar os acusados do serviço. Para o delegado-geral, Rilmar Firmino, todas as providências para a apuração dos fatos foram tomadas.
Nenhum dos policiais citados relatou o caso ao Conselho Tutelar ou ao Ministério Público Estadual (MPE). Para a promotora Cristine Magela Silva Correia, o silêncio significa omissão.
(Com Estadão Conteúdo)
veja.abril
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