Com isso, a taxa média de desemprego em 2013 ficou em 7,1%, inferior a de 7,4% registrada em 2012.
O IBGE estima em 6,052 milhões o número de brasileiros desempregados entre outubro e dezembro de 2013. Entre os ocupados no período, 69,6% eram empregados, 4,1% empregadores, 23,2% pessoas que trabalharam por conta própria e 3,1% trabalhadores familiares auxiliares.
A Pnad Contínua também mostrou que o desemprego era de 6,9% no terceiro trimestre do ano passado – os dados da PME mostravam taxa de 5,4% em setembro daquele ano. A diferença na taxa de desemprego registrada pelas duas pesquisas acontece porque a Pnad Contínua abrange 3,5 mil municípios, enquanto a PME coleta dados apenas em seis regiões metropolitanas – onde o desemprego tende a ser menor.
Sexo, idade, escolaridade
Segundo a pesquisa, o percentual de mulheres na população desocupada foi superior ao dos homens. No 4º trimestre de 2013 elas representavam 53,4% dessa população.
Em todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao
de homens. Na Região Centro-Oeste, a participação das mulheres era ainda maior: elas
representavam 55,8% das pessoas desocupadas.
Por faixas etárias, a maior parcela dos desocupados no período era composta por adultos entre 25 e 39 anos. Os jovens entre 14 e 17 compunham uma fatia de 9%. Já a população entre 18 e 24 anos eram 33% do total de desempregados.
Do total de desempregados, 50% tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 26,8% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8%.
Conheça o novo índice
Enquanto a PME pesquisa a cada mês a situação do mercado de trabalho em seis regiões metropolitanas (Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador), a Pnad Contínua vai mostrar o cenário do emprego a cada três meses em 3.500 municípios de todas as regiões do país, incluindo áreas rurais, em um total de 211.344 domicílios visitados.
Já Pnad (anual, a antiga) pesquisa por ano 1.100 municípios, com 147.203 entrevistas. Ela apresenta as características demográficas e socioeconômicas da população (sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e características dos domicílios). Com a ampliação da pesquisa sobre emprego para as áreas rurais, segundo o instituto, a Pnad Contínua vai oferecer resultados inéditos.
Com metodologias, escopos e enfoques diferentes, os resultados da Pnad Contínua, da Pnad – que começou em 1992 –, e da PME – que teve início em 2002 – não poderão ser comparados.
Ao contrário da PME, que considera a população em idade ativa acima de 10 anos, a Pnad Contínua leva em conta a força de trabalho dos indivíduos acima de 14 anos, idade permitida pela lei para o trabalho. Cada domicílio é visitado pelos pesquisadores cinco vezes, com visitas a cada dois meses.
Já a PME vai ao mesmo domicílio quatro vezes consecutivas. Entre os 3.500 municípios pesquisados, estão as 26 capitais e o Distrito Federal. As principais características investigadas se referem ao trabalho na semana em que a pesquisa é feita. Os entrevistadores perguntam sobre ocupação, atividade, posição e categoria de emprego, rendimento mensal do trabalho, horas trabalhadas, local, contribuição para o INSS e características de trabalhos secundários. São questionadas, ainda, as características do trabalho no período do ano, a procura por vagas e o rendimento de outras fontes.
Na primeira visita, os pesquisadores ainda fazem questionamentos sobre cuidados pessoais, trabalho voluntário, afazeres domésticos e trabalho para o próprio consumo.
A PME será realizada somente até dezembro deste ano, quando será extinta e substituída de vez pela Pnad Contínua.
globo.com
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