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domingo, 9 de março de 2014

CRM apura 149 denúncias contra médicos; alguns casos são considerados absurdos Profissional opera paciente sem anestesia e outro usa os mesmos instrumentos em 10 cirurgias

Imagem ilustrativa
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O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) está apurando 149 denúncias contra médicos, a maioria por mau atendimento em consultórios ou problemas em cirurgias obstétricas e ortopédicas. Em cinco anos, o CRM recebeu 643 denúncias, que geraram 106 processos ético-profissionais.
No ano passado, 13 médicos foram punidos. Entre os casos julgados pelo conselho, dois são, no mínimo, absurdos: um médico operou sem anestesia uma paciente surda, muda e com deficiência física, e outro profissional fez 10 cirurgias em pacientes diferentes com os mesmos instrumentos cirúrgicos, sendo que o nono tinha HIV.
No primeiro caso, o profissional foi denunciado por familiares da paciente. Segundo a corregedoria do CRM-PB, a denúncia foi comprovada na investigação. A punição do profissional foi uma suspensão de 30 dias do exercício da profissão. No outro caso, uma médica recebeu uma censura pública por fazer publicidade de cirurgias plásticas, oferecendo procedimentos não reconhecidos pela medicina.
Há alguns anos, o CRM pediu a cassação do registro de dois médicos, que conseguiram permanecer exercendo a profissão, após o Conselho Federal de Medicina reformular a sentença. Um deles foi denunciado por operar 10 pessoas com os mesmos instrumentos, durante um mutirão de atendimento público. Após a descoberta de que o nono paciente tinha o vírus da Aids, o CRM abriu investigação e passou a acompanhar o décimo paciente até a constatação de que ele não tinha sido contaminado.
Outro caso foi de um médico que falsificava documentos para fraudar o SUS. Além disso, a corregedoria do CRM tomou conhecimento de procedimentos errados feitos por ele, que deixaram sequelas em pacientes, inclusive com amputação de membros. Segundo o corregedor do CRM, João Alberto Morais Pessoa, muitos pacientes que denunciam médicos desistem da ação e os maus profissionais ficam sem a punição devida.
“A cassação é um processo judicial, como qualquer outro, e se apenas o médico segue assistido por advogados e a outra parte desiste, o acusado vai conseguir reverter o resultado”, comentou.

Leia matéria completa, na edição deste domingo (09), do Jornal Correio da Paraíba.

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