57 mil novos casos de câncer de mama são estimados para 2014; campanha pede prevenção
No
mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, um dado alarmante
ainda preocupa muitas mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), cerca de 57 mil novos casos
de câncer de mama são estimados para 2014. Os dados fazem parte da
publicação Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, lançado em parceria com o Ministério da Saúde.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres em todo o mundo,
tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos,
respondendo por 22% dos novos casos a cada ano. No Brasil, a doença é a
mais fequente nas mulheres das regiões Sul (71 casos/100 mil), Sudeste
(71 casos/100 mil), Centro-Oeste (51 casos/100 mil) e Nordeste (37
casos/100 mil). Na região Norte é o segundo tipo mais incidente (21
casos/100 mil).
Os dados revelam que as taxas de mortalidade por câncer de mama
continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é
diagnosticada em estágios avançados. Segundo a médica ginecologista e
mastologista do Hapvida Saúde, Nair Margotti, o risco de desenvolvimento
do câncer de mama aumenta quando a paciente apresenta fatores de
riscos, como histórico familiar. A ginecologista destaca a importância
da realização da mamografia. Para a médica, esse é o melhor método para
diagnosticar a doença em uma fase inicial, antes que ela se dissemine
para outros órgãos. Nesse estágio, as chances de cura são de 90%.
“Devemos ter atenção para a realização da consulta com o mastologista e a
realização da mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade”,
explica.
A prevenção primária ainda é a melhor forma de combater a doença. Cerca
de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por medidas como
uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e
manutenção do peso ideal.
Segundo a fisioterapeuta Juliana Elias, da clínica Equilibra, o
exercício físico é indicado não só na prevenção como também na
recuperação das mulheres com câncer de mama, mas é preciso alguns
cuidados. “Além de conversar com o médico para saber quando iniciar a
atividade física após uma mastectomia, as pacientes devem buscar
profissionais qualificados, que trabalhem exercícios adequados a cada
fase de reabilitação pós-cirúrgica. Os movimentos devem focar o ganho de
amplitude de movimento perdida após a cirurgia, equilibrando o trabalho
de flexibilização e fortalecimento muscular”, alerta.
Para Juliana Elias, também é importante o profissional observar a
resposta do exercício, ficar alerta a qualquer inchaço na região e
ajustar o programa de acordo com a evolução da paciente. “O Pilates já
pode ser iniciado assim que houver a possibilidade de movimento, pois
irá trabalhar a reconexão desta mulher com o próprio corpo, a partir da
respiração consciente e da percepção de cada movimento proposto. Neste
método, a qualidade do movimento realizado promove uma reeducação e
recuperação dos movimentos perdidos e da postura, levando ao resgate da
autoconfiança e autoestima”, destaca a fisioterapeuta da Equilibra.
Campanha educativa
Com o intuito de alertar, prevenir e orientar as mulheres a respeito da
importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, o Paraíba Cap
lançou uma campanha educativa em parceria com o Hospital Napoleão
Laureano. O vídeo, com duração de quase dois minutos, traz o depoimento
da médica mastologista Lakime Ângelo Mangueira Porto, que faz uma série
de recomendações, destacando as principais armas de combate
à doença, sendo a principal delas o diagnóstico precoce.
“Quanto mais cedo se faz o diagnóstico dessa patologia, mais chances de
cura e de tratamento do paciente. As nossas armas são: o autoexame, o
exame clínico com um profissional da área de saúde e a mamografia”,
alerta a médica.
O vídeo faz parte do projeto “Minuto Cidadania” e pode ser conferido na
internet, através do canal do youtube
(https://www.youtube.com/watch?v=MezP-1DsaL8&list=UUUcQl63wh5-EwQ7NDnJVdfA).
Redação com Assessoria/pb agora
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