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terça-feira, 19 de novembro de 2013
Preso em regime linha-dura, Beira-Mar não pode ter contato com outros detentos e suas cartas são avaliadas
O contato físico com outros detentos que estão na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, é proibido. Para conversar com eles, só por parlatório e com autorização judicial. Todos os diálogos com seus parentes são captados por microfones de lapela. Suas cartas, enviadas e recebidas, são avaliadas pela direção. Para fechar, qualquer contato com servidores do presídio é expressamente proibido. Essas são as regras que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, segue, desde o final do ano passado, na unidade de segurança máxima de Catanduvas.
De acordo com a defesa do criminoso, ele é o único preso no regime federal submetido a essas normas. As condições para o cumprimento da pena foram estabelecidos pelo diretor da unidade, Fabiano Bordignon, logo após a transferência de Beira-Mar para Catanduvas, em 20 setembro de 2012.
Um dia antes da ida do traficante, o diretor recebeu da inteligência do Departamento Penitenciário Nacional dossiê sobre o criminoso. No documento, frisa-se que Beira-Mar, mesmo em unidades federais desde 2006, continua tendo contato crime organizado. Além disso, há um alerta de que diversos relatórios já identificaram tentativas de fuga do traficante do penitenciárias federais.
Fotos para comprovar liderança
O dossiê de Beira-Mar traz ainda fotos do traficante, durante banho de sol na unidade de Porto Velho, Rondônia, nas quais aparece conversando com outros presos. “Relatórios específicos apontam que Beira-Mar passa boa parte de seu tempo de banho de sol demonstrando certa postura de liderança para com os demais presos, ademais o mesmo também demonstra mesma postura quando estando no pátio de visitas”, ressalta o documento.
O relatório sobre o traficante aponta ainda que o uso de advogados e visitantes são as principais formas de “comunicação criminosa” utilizadas por Beira-Mar. No último domingo, o EXTRA revelou que o bandido foi flagrado pelas escutas da penitenciária de Catanduvas planejando, durante visita de seus filhos na unidade, a compra de uma aeronave.
- Há um exagero quanto ao tratamento que é dado ao meu cliente - protesta um dos advogados do bandido.
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