Miruna aguarda, com irmão e mãe, para visitar o pai na Papuda
Valter Campanato/18.11.2013/Agência Brasil
— Quando as pessoas falam que ele vai ficar alguns meses no semiaberto e depois já pode pedir progressão da pena, penso que não sei como ele vai chegar. Em uma semana eu vi como ele piorou, como eu vou pensar em meses? Oito meses? Ele não vai durar isso na prisão. Não vai.
Na entrevista, Miruna diz que “o que mais dói é que foi tão difícil o que nos aconteceu naqueles dias [em que Genoino foi submetido a a cirurgia cardíaca, em junho] , meu pai tinha só 10% de chance de sobreviver e, graças a Deus, ele venceu”.
— Agora questionam se a gente está usando a doença dele como estratégia. Isso é muito duro porque, se eu pudesse escolher, mesmo com meu pai preso e a gente longe dele, se ele estivesse bem de saúde, eu escolheria isso.
Segundo a filha de Genoino, o momento mais difícil foi o da condenação, pois, durante o julgamento do mensalão, o petista tinha esperança de ser absolvido. E os elogios dos ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) que precediam os votos condenatórios “só o deixavam mais irritado”, segundo Miruna.
Para ela, Genoino é um preso político, pois “foi condenado porque era presidente do PT”.
— Meu pai está proibido de emitir opinião, de dar entrevistas, e dizem que ele não é preso político. Então por que ele não pode falar? É preso político, sim.
A fila de Genoino também aproveitou a entrevista para agradecer aos companheiros de cela do pai, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que “foram atrás de água mineral para o meu pai parar de beber água da torneira”.
— Já falei que se eu tivesse mil vidas e durante todas elas eu ficasse dizendo "obrigada" não seria suficiente para agradecer ao José Dirceu e ao Delúbio por tudo o que eles estão fazendo pelo meu pai. Porque se teve alguém que cuidou do meu pai foram o Zé Dirceu e o Delúbio.
r7.com
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