Mais de dois terços de 177 países analisados pela organização não
governamental (ONG) Transparência Internacional são considerados
corruptos. O Brasil ficou em 72º lugar no ranking de 2013 da
instituição, três posições a menos do que em 2012, com 42 pontos – um a
menos do que no ano passado. A avaliação é do relatório Índice de
Percepção de Corrupção (IPC) de 2013, divulgado nesta terça-feira (3), que mede justamente as economias mais limpas do mundo.
O ranking é o principal termômetro usado por instituições
internacionais como uma base para medir a corrupção nos países, além de
avaliar possibilidades de investimento e a credibilidade do sistema
político. Quanto mais alto na classificação, mais "limpo" seria o país
(e quanto mais pontos, menos corrupto é o país e vice-versa). O índice
de percepção da corrupção é realizado a partir de oito pesquisas
separadas, conduzidas com empresários, investidores e especialistas.Segundo o documento, Dinamarca e Nova Zelândia são os menos corruptos, com 91 dos 100 pontos possíveis. Por outro lado, Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, com 8 pontos, foram os países com piores resultados.
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"Mais de dois terços dos 177 países analisados no índice deste ano têm menos de 50 pontos, em uma escala em que zero revela um país percebido como altamente corrupto; e 100, um país percebido como muito transparente", dizem os autores da análise que une indicadores de 13 relatórios, elaborados por organizações variadas, como o Banco Mundial, a Intelligence Unit da publicação The Economist, o Banco Africano para o Desenvolvimento (ADB, sigla em inglês) e a fundação sem fins lucrativos da Alemanha, Bertelsmann Stiftung.
De acordo com o documento, mesmo os países considerados menos corruptos enfrentam desafios como subornos, financiamento de campanhas e fraudes em contratos público. "[A pontuação] demonstra que todos os países ainda enfrentam a ameaça da corrupção em todos os níveis de governo, desde a emissão de licenças locais até a aplicação de leis e regulamentos", disse a líder da Transparência Internacional, Huguette Labelle.
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