Em três dos quatro cenários avaliados pelo instituto, Dilma tem entre 39% e 41% das intenções de voto, mais do que a soma das preferências pelos adversários. Em apenas um dos cenários, com Serra e Marina na disputa, a petista não supera a soma dos adversários.
Potencial de votosA atual presidente conta com mais eleitores consolidados na corrida presidencial, mas ela chega a empatar com Marina Silva (PSB) quando o Ibope avalia o potencial de voto dos concorrentes. Para medir esse potencial, o instituto apresenta aos entrevistados o nome de cada possível candidato, um de cada vez, e pergunta se votariam neles com certeza, se poderiam votar, se não votariam de jeito nenhum ou se não os conhecem suficientemente para opinar.
Na soma dos dois primeiros quesitos (votariam com certeza ou poderiam votar), Dilma e Marina aparecem com 53%. A diferença é que, entre os eleitores seguros do voto, a presidente tem 33%, mais do que o dobro da eventual adversária (14%). Outros 20% dizem que poderiam votar em Dilma, e 39%, em Marina.
Há outro empate entre Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB): ambos têm potncial de voto de 31%. Os dois se destacam por apresentar as maiores taxas de desconhecimento por parte do eleitorado: 17% e 20%, respectivamente, dizem não ter informações suficientes para declarar voto neles.
Rejeição
No caso de Serra, o maior destaque é a taxa de rejeição, de 47%, a maior entre todos os nomes testado pelo Ibope. Mas, como o ex-governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência pelo PSDB é mais conhecido, seu potencial de voto é até maior que o de Aécio: 38%.
Dilma tem taxa de rejeição de 38%, similar à de Aécio (40%) e à de Campos (39%). O nome de Marina é descartado por apenas 31% dos eleitores.
A pesquisa evidencia os nichos nos quais os concorrentes são mais fortes ou fracos. Dilma, por exemplo, tem potencial de voto de 72% no Nordeste e de 45% no Sudeste; de 75% entre quem tem renda familiar de até um salário mínimo e de 41% entre os que ganham cinco salários mínimos ou mais. O perfil de Aécio é o inverso da petista. Seu potencial de votos na região Sudeste é de 45%, o dobro do registrado no Nordeste. Entre os que ganham mais de cinco salários, o tucano tem 41% de "votariam com certeza" ou "poderiam votar" - no outro extremo das faixas de renda, apenas 25%
Avaliação estável
A pesquisa mostra que a avaliação do governo Dilma Rousseff, que vinha em trajetória de recuperação desde a queda em meio aos protestos de junho, parou de melhorar. Dos entrevistados, 38% consideram o governo ótimo ou bom, praticamente o mesmo índice observado em setembro (37%). Houve um ligeiro aumento na parcela do eleitorado que vê o governo como ruim ou péssimo, de 22% para 26%. A taxa de "regular" variou de 39% para 35%.
A aprovação ao desempenho pessoal da presidente ficou em 53%, contra 42% de desaprovação. No mês passado, esses índices estavam em 54% e 40%, respectivamente. A população se mostra dividida em relação à confiança em Dilma: 49% dizem confiar nela, e 46%, não.
A aprovação ao governo é maior entre os eleitores do Nordeste (53%), com renda de até um salário mínimo (57%), e com escolaridade até a 4ª série do ensino fundamental (47%).
Entre os eleitores que pretendem votar em Dilma em 2014, a aprovação ao governo varia de 72% a 75% nos diversos cenários avaliados pelo Ibope. No eleitorado de Aécio Neves (PSDB), a aprovação não supera 15%.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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