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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Oi e Portugal Telecom assinam acordo para fusão


SÃO PAULO/LISBOA, 2 Out (Reuters) - A Oi e a Portugal Telecom, uma das principais acionistas da operadora brasileira, anunciaram nesta quarta-feira acordo preliminar para uma fusão de suas operações que prevê um aumento de capital de pelo menos 7 bilhões de reais na Oi.
A operação criará a CorpCo, uma multinacional com cerca de 100 milhões de clientes e permitirá captura de sinergias de cerca de 5,5 bilhões de reais, afirmaram os grupos.
Além disso, a transação simplificará a complexa estrutura societária atual das duas empresas de modo que a CorpCo não terá acionista ou grupo de investidores vinculados que detenham a maioria das ações votantes da companhia.
O acordo acontece pouco tempo depois de a Oi ter feito grande corte em sua política de dividendos, pressionada por uma dívida líquida de quase 30 bilhões de reais e necessidade de acelerar investimentos no país.
O mercado especulava há meses sobre a união das duas companhias, em apostas que foram reforçadas a partir de junho quando o executivo Zeinal Bava deixou o comando da Portugal Telecom para liderar a Oi.
A operação também é anunciada cerca de uma semana depois que a espanhola Telefónica fechou acordo com os principais acionistas da holding controladora da Telecom Italia para aumentar participação no grupo. No Brasil, a Telefónica controla a Vivo e a Telecom Italia detém a TIM, rivais da Oi.
O presidente da Oi, Zeinal Bava, ex-presidente da Portugal Telecom, afirmou que a previsão de sinergias a serem geradas com a união das empresas é "conservadora" e que está confiante que a CorpCo terá fluxo de caixa livre e reduzirá endividamento.
"A ambição é estar entre os maiores players globais, assumindo uma vocação multinacional (...)", disse Bava, em declarações escritas enviadas à Reuters. As ações da Portugal Telecom disparavam mais de 13 por cento após o anúncio do acordo.
"Entre os pontos positivos, resolve problema de aumento de capital que teria que fazer a Telemar no ano que vem", afirmou o analista Guido dos Santos, analista do português Caixa Banco de Investimento. "Acho que quem perde é Portugal, já que a nova empresa vai ser brasileira, mas isso faz sentido, o mercado lá é enorme, com maior potencial de crescimento", acrescentou. 

reuters.com

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