Nápoles - A Justiça italiana determinou nesta quarta-feira que Silvio Berlusconi seja julgado por corrupção,
em um novo golpe jurídico contra o ex-primeiro-ministro da Itália, já
condenado em agosto por fraude tributária além de ser réu em vários
outros casos.
Promotores napolitanos acusam Berlusconi de subornar o ex-senador Sergio de Gregorio, do pequeno partido Itália de Valores, para que ele mudasse de lado e ajudasse a derrubar o governo centro-esquerdista do então premiê Romano Prodi em 2006. Uma audiência preliminar está marcada para 11 de fevereiro.
De Gregorio, que admitiu ter recebido 3 milhões de euros de Berlusconi e tentado convencer outros senadores a mudarem de lado, foi sentenciado a 20 meses de prisão após um acordo judicial.
Sua guinada política, em 2006, contribuiu para desestabilizar o governo de Prodi, que acabou sendo derrubado. Depois, porém, De Gregorio rompeu com Berlusconi, líder do maior partido italiano de centro-direita, o Povo da Liberdade.
"Acredito que a questão irá acelerar o fim de uma jornada política ..., com Silvio Berlusconi se retirando da cena política, libertando a Itália e a si próprio", disse De Gregorio ao canal de televisão SkyTG24.
O advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, disse em nota que o acolhimento da denúncia pela Justiça foi "realmente extraordinário" e que não há mérito nas acusações. Segundo ele, De Gregorio mudou de lado por convicção genuína e os pagamentos que recebeu eram relativos a gastos políticos normais.
Mas o caso se soma a uma longa lista de dores de cabeça para o bilionário Berlusconi, que pode ter seu mandato parlamentar cassado e ser sentenciado a um ano de serviço comunitário ou prisão domiciliar depois de ser condenado por uma fraude na aquisição de direitos televisivos por sua empresa Mediaset.
Os problemas judiciais de Berlusconi quase destruíram a frágil coalizão de governo do premiê centro-esquerdista Enrico Letta, da qual o PDL de Berlusconi participa.
Letta sobreviveu neste mês a uma moção de desconfiança depois que uma parte da bancada de Berlusconi o obrigou a recuar das suas ameaças de derrubar o governo caso o Parlamento o cassasse. Mas o ambiente político na Itália permanece tenso. Não há data prevista para que o Senado vote a cassação de Berlusconi.
exame.abril
Promotores napolitanos acusam Berlusconi de subornar o ex-senador Sergio de Gregorio, do pequeno partido Itália de Valores, para que ele mudasse de lado e ajudasse a derrubar o governo centro-esquerdista do então premiê Romano Prodi em 2006. Uma audiência preliminar está marcada para 11 de fevereiro.
De Gregorio, que admitiu ter recebido 3 milhões de euros de Berlusconi e tentado convencer outros senadores a mudarem de lado, foi sentenciado a 20 meses de prisão após um acordo judicial.
Sua guinada política, em 2006, contribuiu para desestabilizar o governo de Prodi, que acabou sendo derrubado. Depois, porém, De Gregorio rompeu com Berlusconi, líder do maior partido italiano de centro-direita, o Povo da Liberdade.
"Acredito que a questão irá acelerar o fim de uma jornada política ..., com Silvio Berlusconi se retirando da cena política, libertando a Itália e a si próprio", disse De Gregorio ao canal de televisão SkyTG24.
O advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, disse em nota que o acolhimento da denúncia pela Justiça foi "realmente extraordinário" e que não há mérito nas acusações. Segundo ele, De Gregorio mudou de lado por convicção genuína e os pagamentos que recebeu eram relativos a gastos políticos normais.
Mas o caso se soma a uma longa lista de dores de cabeça para o bilionário Berlusconi, que pode ter seu mandato parlamentar cassado e ser sentenciado a um ano de serviço comunitário ou prisão domiciliar depois de ser condenado por uma fraude na aquisição de direitos televisivos por sua empresa Mediaset.
Os problemas judiciais de Berlusconi quase destruíram a frágil coalizão de governo do premiê centro-esquerdista Enrico Letta, da qual o PDL de Berlusconi participa.
Letta sobreviveu neste mês a uma moção de desconfiança depois que uma parte da bancada de Berlusconi o obrigou a recuar das suas ameaças de derrubar o governo caso o Parlamento o cassasse. Mas o ambiente político na Itália permanece tenso. Não há data prevista para que o Senado vote a cassação de Berlusconi.
exame.abril
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