Quem assistiu à luta principal do UFC 165 neste sábado viu uma batalha épica, uma das maiores da história do evento. Mesmo entrando como amplo favorito, Jon Jones levou um enorme sufoco e apanhou muito de Alexander Gustafson, sofreu uma queda pela primeira vez, mas conseguiu reagir e venceu por pontos, em decisão unânime dos juízes, defendendo pela sexta vez o cinturão dos meio-pesados do Ultimate.
"Vou ter de pedir licença por um bom tempo. Esta noite eu estou chocado em todos os sentidos. Não estou satisfeito com o que eu fiz. Ele é um lutador duro. Eu tenho que trabalhar mais, realmente", disse o campeão da categoria, ainda no octógono. "Todos os rounds foram duros. Foi um placar parelho. Queria manter sempre meu foco, mas o cara tem um queixo muito duro"
Com mais essa vitórias, Jon Jones se tornou o maior campeão da história dos meio-pesados do UFC. Com sua sexta defesa consecutiva do cinturão, ele ultrapassou a marca de Tito Ortiz, dono de uma cadeira no Hall da Fama do Ultimate, com 26 anos. Tito tinha 27 quando defendeu pela última vez o título, em 2002, contra Frank Shamrock.
"Foi uma honra lutar com o campeão. Ele é campeão por um motivo. Foi um combate muito duro, difícil. Queria agradecer a minha equipe, meus patrocinadores e aos torcedores. Amo vocês. É por vocês que a gente luta", afirmou o sueco.
Jon Jones conquistou o cinturão dos meio-pesados em março de 2011, quando atropelou o brasileiro Maurício Shogun, se tornando o mais jovem campeão do UFC desde que o evento começou a ter categorias de peso. Depois, venceu de forma incontestável Quinton Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort e Chael Sonnen, esse último em abril passado.
A luta - Gustafsson começou o combate sem se intimidar e partindo para cima do campeão. Com sequências, ele consegui fazer o supercílio de Jones sangrar, algo que nunca tinha sido visto no UFC. Em seguida, conseguiu outro fato inédito: foi o primeiro adversário a derrubar o norte-americano.
O sueco continuou sua perseguição a Jon no período seguinte, mas a reação do campeão foi a partir do terceiro round. Com uma cotovelada giratória e uma série de joelhadas no quarto período, por pouco Jones não conseguiu o nocaute.
Os dois então passaram a alternar bons momentos nos dois períodos finais, mas Gustafsson pareceu ter sentido mais o cansaço - chegou a baixar os braços em alguns momentos. Jon então achou a distância e foi mais efetivo nos golpes, apesar de Alexander não deixar de atacar em nenhum momento.
Em uma luta tão parelha, a torcida - que virou para o lado do sueco durante o combate - vaiou muito quando foi anunciada a vitória por pontos de Jon Jones, em decisão unânime dos juízes, por 48-47, 48-47 e 49-46.
uol
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