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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mercado reduz pela 3ª vez seguida previsão de alta do PIB em 2013

Após a divulgação de que o PIB brasileiro teve expansão de apenas 0,6% no primeiro trimestre de 2013, analistas reduziram suas perspectivas de crescimento da economia neste ano de 2,93% há uma semana para 2,77%, informou o boletim Focus do Banco Central nesta segunda-feira (27).
O documento reúne semanalmente previsões de cerca de cem instituições financeiras do país.
Trata-se da terceira queda seguida na projeção para o PIB, que, antes de começar a ser revisada, permaneceu estável em 3% por sete semanas. Para 2014, a projeção de crescimento da economia recuou para 3,4% depois de ter se mantido estável em 3,5% ao longo de 11 semanas.
A queda nas previsões do Focus ocorre após o resultado do PIB do primeiro trimestre ter desapontado o mercado, que previa uma expansão de cerca de 0,9%, e na sequência de um novo aperto nos juros básicos promovido pelo Banco Central.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na última semana que o governo revisará para baixo sua previsão de 3,5% para o crescimento deste ano.
JURO
O Focus revelou ainda que economistas consultados pelo BC elevaram suas expectativas para a taxa básica do juro --a Selic-- em 2013 de 8,25% ao ano para 8,5%.
Entre as instituições que mais acertam as projeções do Focus, grupo chamado de Top 5, a previsão subiu ainda mais: para 8,75% ao ano. Para 2014, a projeção manteve-se inalterada em 8,5%.
Na semana passada, o BC intensificou o ritmo de alta do juro, elevando a taxa em 0,50 ponto percentual para 8% diante do atual cenário de pressão inflacionária.
A alta de juros é um instrumento usado pelo governo para conter o consumo, uma vez que o crédito (tanto empréstimos em instituições financeiras quanto parcelamentos em lojas, por exemplo) fica mais caro. E, com menos demanda, a inflação tende a ceder.
Uma elevação ainda maior da taxa básica é vista como uma medida necessária para conter a inflação, que hoje está em 6,49%, bem acima do centro da meta do governo, de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de elevar a taxa básica, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a entidade "decidiu de forma unânime apertar" a política monetária para reforçar "a confiança" no órgão no combate à inflação.
Apesar da alta maior no juro básico, analistas mantiveram sua expectativa de inflação elevada para este ano. A projeção para o IPCA --índice oficial da inflação-- em 2013 ficou praticamente estável em relação à semana anterior, tendo variado de 5,81% para 5,8%. Para 2014,a projeção manteve-se em 5,8%. 

folha.uol.com

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