Por Renee Maltezou e Clare Kane
ATENAS/MADRI, 1 Mai (Reuters) - Trens e balsas foram cancelados e funcionários de hospitais deixaram seu trabalho na Grécia nesta quarta-feira, quando milhares de pessoas devem realizar manifestações pela Espanha no Dia do Trabalho contra os fortes cortes de gastos do governo.
Separadamente, a polícia turca atirou água e gás lacrimogêneo para dispersar multidões que se reuniram em Istambul para uma manifestação.
Na Espanha, onde a taxa de desemprego atingiu o recorde de 27 por cento, os dois maiores sindicadores, CCOO e UGT, convocaram os trabalhadores para mais de 80 manifestações pelo país.
Em uma coluna no jornal financeiro El Economista, o secretário-geral do CCOO, Ignacio Fernandez Toxo, criticou a "enorme irresponsabilidade" do governo de permitir que o desemprego alcancasse tal nível.
Candido Mendez, chefe do UGT, afirmou que ter mais de 6 milhões de pessoas desempregadas significa que "nunca houve um 1º de maio com mais motivos para ir às ruas".
Em Atenas, cerca de mil policiais foram convocados para lidar com qualquer violência durante manifestações e greves de sindicatos tanto do setor público quanto privado.
Estes são os mais recentes movimentos em uma longa série de greves e protestos no país endividado que enfrenta o sexto ano de recessão e a fúria popular devido a cortes de salários e gastos.
"Nossa mensagem hoje é muito clara: chega dessas políticas que machucam as pessoas e tornam os pobres mais pobres", disse Ilias Iliopoulos, secretário-geral do sindicato do setor público ADEDY.
(Reportagem adicional de Deepa Babbington em Atenas, Lidia Kelly em Moscou e Murad Sezer em Istambul)
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