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Azul Linhas Aéreas busca se fortalecer em rotas regionais para driblar a liderança da TAM e da GolCrédito: Divulgação
A Azul Linhas Aéreas acaba de apresentar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro para a abertura de seu capital, intenção que já havia sido manifestada pela empresa em 2011. O tamanho da participação que será colocada à venda ainda não foi definido, mas a expectativa é atrair investidores estrangeiros e levantar algo em torno de R$ 1 bilhão. Santander, Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e Banco do Brasil formam o grupo de coordenação da oferta. A estreia na bolsa, prevista para acontecer em julho, deve acelerar o plano de expansão da Azul, fortalecido em maio de 2012 com a compra da Trip.
A fusão deu origem à terceira maior companhia de aviação do País, com faturamento de R$ 4 bilhões em 2012. Mas a marca sofre com caixa apertado, dívidas e o fraco desempenho operacional, fatores que têm derrubado os resultados de todo o setor. O prejuízo líquido da Azul aumentou 62% em 2012, para R$ 170,8 milhões, segundo balanço anunciado na última sexta-feira 24.
Em compensação, no primeiro trimestre de 2013 a companhia chegou ao lucro pela primeira vez, o que empolgou o americano naturalizado brasileiro David Neeleman, que fundou a empresa em 2008, a retomar os planos para a realização da oferta pública de ações. Neeleman, presidente da Azul, é dono de 67% do capital votante da operadora aérea e os grupos Caprioli e Água Branca, oriundos da Trip, detêm um terço da empresa.
Hoje, a Azul possui 15% de market share no mercado de voos nacionais, mas a estratégia para encontrar espaço em meio à liderança da TAM e da Gol está direcionada para a aviação regional. As rotas da Azul alcançam atualmente 103 dos 122 municípios atendidos por voos regulares no País. Do total de 865 voos diários da companhia, 40% decolam do interior, descontando as partidas realizadas do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
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