Justificando a excelente campanha feita até aqui e mostrando a força nos estádios rivais, o Campinense deu um bom passo, neste domingo, para a conquista da Copa do Nordeste. Apesar do gol sofrido aos 48 minutos do segundo tempo, a equipe paraibana vai decidir o torneio em casa e podendo perder até por 1 a 0.
O ASA, que renovou suas esperanças com a bola na rede de Wanderson, tem a missão de viajar para Campina Grande e buscar fazer aquilo que faltou para o time se sair vitorioso na tarde de hoje, no Estádio Coaracy da Mata, em Arapiraca.
No ritmo de sua torcida, o ASA começou o jogo no ataque. Destaque do Fantasma durante toda a competição, Léo Gamalho teve a primeira boa chance da partida. Rodrigo Dantas foi à linha de fundo e cruzou para o atacante, que quase conseguiu desviar a bola para o gol. Aos cinco minutos, porém, o Campinense mostrou por que chegou à final da Copa do Nordeste. Depois de derrubar Sport e Fortaleza no critério do gol fora de casa, a Raposa abriu o placar no primeiro duelo da decisão. O lateral Tiago Granja, que voltava de suspensão, recebeu belo passe de Bismarck, invadiu a área e tocou no canto direito d o goleiro Gilson.
Apesar do gol sofrido no início, o Alvinegro não se abateu. Fosse pelo meio ou em cruzamentos, Rodrigo Dantas e Didira tentavam a todo momento acionar Léo Gamalho. O Raposa, por sua vez, era perigosa nos contra-ataques quando roubava a bola. E foi numa investida que a Raposa quase fez o segundo. Jéfferson Maranhense cruzou para Zé Paulo, que bateu de primeira e viu o goleiro realizar grande defesa. A bola ainda sobrou para Tiago Granja, que chutou para fora.
Desfalcado de Thalisson, que foi um dos reponsáveis pela campanha do time até a final, o ASA tinha dificuldade na criação. Além disso, os donos da casa ainda esbarravam na forte marcação adversária. Foi na bola parada e em tiros de longa distância que a equipe do técnico Leandro Campos chegou mais perto de empatar o jogo. Rodrigo Dantas aproveitou a sobra depois de cruzamento na área e acertou a trave. Logo na sequência, Pedro Silva, que substituíra Fabiano cinco minutos antes, bateu firme de fora e carimbou o travessão de Pantera. Mas a última chance do primeiro tempo foi do Campinense: Jéfferson chutou de dentro da área para a defesa de Gilson.
Campinense joga com inteligência e amplia vantagem para o título
O segundo tempo começou com os donos da casa mais dispostos no ataque e buscando, desde o primeiro momento, igualar a partida. Pressionando a defesa adversária e com um maior volume ofensivo – principalmente pelas laterais -, o ASA tomou conta dos primeiros minutos da etapa final.
O aparante domínio do Fantasma não significou, contudo, uma atuação ruim do Campinense. Estudando o rival, esperando pelos contra-ataques e bem organizado taticamente, o time de Campina Grande mostrou a calma e a frieza que caracterizam a trajetória do clube até esta final. O fato foi constatado aos 15 minutos, quando Jéfferson Maranhense aproveitou o cruzamento de Zé Paulo e tratou de colocar o Rubro-Negro com dois gols a frente no placar.
Após ampliar a vantagem, os paraibanos souberam administrar o decorrer da partida, segurando o ímpeto do ASA e esperando para fazer suas habituais descidas rápidas. Na base do tudo ou nada e mais movido pela raça do que propriamente por um esquema mais equilibrado, o ASA doou suas últimas forças para tentar dminiuir o prejuízo, quase chegando ao primeiro gol em uma jogada inacreditável, quando Léo Gamalho por pouco não marcou, em lance salvo por Roberto Dias.
No fim, a pressão surtiu efeito: aos 48 minutos do segundo tempo, Wanderson, que subsititui Rodrigo Dantas, tratou de fazer a torcida do ASA explodir, com um gol que recolocou o time novamente na disputa pela taça.
Acostumado a reverter difíceis situações durante a competição, o time de Oliveira Canindé pode leva para casa a possibilidade de perder até por 1 a 0. Para o ASA, que viu renascer suas chances no final da partida, resta agora acreditar na possibilidade de reversão do resultado e se doar para conseguir se sagrar campeão nos domínios paraibanos.
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