Pelo menos 400 pessoas ficaram feridas por estilhaços de vidro provocados pela queda de um meteorito na região dos montes Urais, na Rússia, revelou o Ministério do Interior. Cinco pessoas estão em estado considerado grave. O meteorito caiu, hoje de manhã, a cerca de 80 quilômetros da cidade de Tcheliabinsk, na região com o mesmo nome.
Serguei Smirnov, cientista do Observatório de Pulkovski (São Petersburgo), afirmou que o peso do meteorito devia ser de várias toneladas. “Tratou-se de uma bola muito brilhante, muito visível no céu da manhã, um objeto com uma massa bastante grande, de muitas dezenas de toneladas”, precisou o cientista, numa entrevista à televisão russa.
Cientistas russos citados pela rádio Komkersant FM consideraram que a queda do meteorito nos Urais não está ligada ao meteorito que hoje ao final da tarde (hora de Lisboa) irá passar próximo da Terra, mas não excluem a ocorrência de chuvas de meteoritos noutras regiões da Rússia.
“Patrulhas reforçadas garantem a ordem pública nos edifícios atingidos e onde se registaram avarias e foram tomadas medidas para proteger a propriedade”, acrescentou a fonte.
As autoridades locais encerraram todas as escolas e jardins de infância, devido ao fato de a maior parte ter ficado sem vidros nas janelas.
“Hoje, em Tchilabinski, a temperatura é de 18 graus negativos, e por isso decidimos encerrar todas as escolas”, anunciou Guennadi Onischenko, dirigente dos serviços sanitários da Rússia.
Os cientistas não excluem a possibilidade de uma nova queda de meteoritos em outras regiões da Rússia ocorrer na noite de sexta para sábado.
Dmitri Rogozin, vice-primeiro-ministro russo encarregado do setor militar-industrial, defendeu a necessidade de criação de um sistema de defesa contra “objetos extraterrestres” pelos maiores países do mundo.
“Hoje, nem a Rússia, nem os Estados Unidos tem possibilidade de abater meteoritos”, sublinhou Rogozin.
Com informações da Agência Brasil e da Agência Lusa
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