23/01/2013 - 13h20
Pesquisadores da Universidade Stanford School of Medicine, nos EUA, modificaram células do sistema imune em laboratório para que elas permaneçam resistentes à infecção pelo HIV, vírus causador da aids.
A abordagem consiste em utilizar um tipo de tesoura molecular para cortar e colar uma série de genes de resistência do HIV nas células T, células especializadas do sistema imunológico atacadas pelo vírus.
A montagem do genoma foi feita em um gene que o vírus usa para entrar na célula. Pela inativação de um gene receptor e a inserção de genes anti-HIV adicionais, o vírus foi impedido de entrar nas células e, assim, impedindo de destruir o sistema imunológico.
"Nós inativamos um dos receptores que o HIV usa para entrar e acrescentamos novos genes para proteger contra o HIV, por isso temos várias camadas de proteção, o que chamamos de empilhamento. Podemos usar essa estratégia para tornar as células resistentes aos dois tipos principais de HIV", afirma o autor da pesquisa Matthew Porteus.
Segundo Porteus, a nova abordagem, uma forma de terapia genética personalizada, poderia finalmente substituir o tratamento com drogas, em que os pacientes têm de tomar vários medicamentos diariamente para manter o vírus sob controle e prevenir as infecções potencialmente fatais provocadas pela aids.
"Proporcionar a uma pessoa infectada células T resistentes não iria curar a infecção viral. No entanto, isso poderia dar-lhes um conjunto protegido de células T que iria afastar o colapso imunológico que tipicamente dá origem à doença", afirma a coautora Sara Sawyer.
O trabalho foi feito em laboratório e ensaios clínicos ainda são necessárias para determinar se a abordagem poderia funcionar como uma terapia.
Fonte: Isaúde.net/agenciaaids
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