O filme A Hora Mais Escura promete causar polêmica nas telonas. A cineasta Kathryn Bigelow e o roteirista Mark Boal optaram por um complexo olhar sobre os dez anos de caça ao terrorista Osama Bin Laden, destacando as torturas cometidas pelos Estados Unidos e detalhes inéditos da missão.
Na pré-estreia do filme, que acontece nesta quarta-feira (19), nos EUA, Bigelow e Boal querem que a plateia deixe de lado as polêmicas dos últimos meses, incluindo as afirmações de que eles tiveram acesso a informações sigilosas.
"Trata-se de um olhar dentro da comunidade de inteligência. A força, coragem, dedicação, tenacidade e vulnerabilidade dessas mulheres e homens", disse Boal à Reuters.
Bigelow diz que seu novo filme coloca o público no centro da caçada a Bin Laden, transmitindo uma noção sobre a comunidade de inteligência dos Estados Unidos e de como seus métodos mudaram nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de setembro de 2001.
"O filme foi erroneamente caracterizado durante um ano e meio, e adoraríamos se as pessoas fossem vê-lo e julgá-lo por si mesmas", disse Boal.
A Hora Mais Escura começa logo depois de 11 de setembro, com cenas de interrogatórios, simulações de afogamentos, humilhações sexuais e colocação à força de um preso dentro de uma caixa.
As cenas de tortura por parte dos norte-americanos, que no longa-metragem resultam em informações corretas ou falsas por partes dos prisioneiros, geraram um intenso debate nos EUA.
Na defesa, Bigelow e Boal dizem que o filme não se propõe a julgar os interrogatórios.
"O que estamos tentando mostrar é que aconteceu. O que eu acho que não é controverso", disse Boal.
(Com informações da Reuters)/bonde.com
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