PAGINA INICIAL

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Facebook cede à pressão dos internautas e abre votação sobre “constituição” da rede No entanto, pleito só será válido se 30% de todos os usuários participarem



markReprodução/youngstapreneur.com
Ditadura ou democracia?

Publicidade
Depois de ficar com cara de “ditadura” e gerar polêmica com as mudanças em suas políticas de uso de dados — e receber diversas reclamações dos usuários —, o Facebook voltou atrás: publicou uma versão revisada do novo regulamento, abriu uma votação e fez uma apresentação em vídeo, para responder a perguntas dos internautas.
Os mais de um bilhão de usuários da rede social receberam um e-mail recentemente, alertando sobre as alterações na política de uso dos dados e na declaração de direitos e responsabilidades (DDR). A mudança arbitrária começou a valer na última quarta-feira (28) e não agradou.
A pressão feita pelos internautas deu resultado. Em uma nota publicada na rede social, a administração do Facebook afirmou que as equipes responsáveis “leram e consideraram os seus comentários. Com base nos seus comentários e após consultar nossas entidades reguladoras, [...] esclarecemos algumas de nossas propostas. Estamos publicando uma versão revisada da Política de uso de dados”.
— Agradecemos o tempo dedicado para compartilhar suas opiniões conosco. Seus comentários nos permite (sic) responder às suas perguntas e fazer mudanças substanciais as nossas propostas antes de elas serem implementadas.
‘Pseudodemocracia’
O Facebook aproveitou para abrir uma votação para ambos os documentos citados, que fica aberta no site até o dia 10 de dezembro, próxima segunda-feira (https://apps.facebook.com/fbsitegovernance).
“Se mais de 30% de todos os usuários registrados participarem da votação, os resultados serão obrigatórios”, diz a rede social. 
O problema é que 30% de toda a rede social é equivalente a 300 milhões de usuários. Precisaria, mais ou menos, de um Brasil e meio votando. Se não atingir a marca, o resultado não é obrigatório.
O aplicativo usado na votação foi desenvolvido por terceiros, assim como a apuração dos votos não caberá à equipe do Facebook.
Para que servem os documentos alterados?
Política de uso de dados — é o documento que explica como o Facebook coleta os dados que você insere na rede social (desde o seus dados de perfil até postagens do mural).
Declaração de direitos de responsabilidades (DDR) — explica os termos que regem o Facebook. Ou seja, o que os usuários e o serviço podem ou não fazer com os dados e a partir dos serviços disponíveis na rede social.
Usando seus dados
A forma como suas informações pessoais são usadas pelo Facebook ainda continua polêmica.
O Facebook diz: “somente fornecemos dados aos nossos anunciantes parceiros ou clientes depois de removermos seu nome ou outras informações de identificação pessoal ou depois de combiná-las com dados de outras pessoas de maneira que não fiquem mais associadas a você”.
Com a aquisição do Instagram, o Facebook informa que pode compartilhar os seus dados com outros serviços da companhia. A mudança permite que a empresa possa acertar a pontaria na publicidade — usando seus dados.
No entanto, eles se isentam da responsabilidade sobre como empresas terceiras, como desenvolvedoras de aplicativos e jogos, tratam os dados dos usuários. Isso também vale para quem usar o Facebook para se logar em outros serviços.
— Sempre fomos muito claros em relação ao fornecimento de serviços gratuitos, mostrando anúncios relevantes aos seus interesses e usamos suas publicações — incluindo páginas que você curte — para ajudar a exibir esses anúncios. Nós propusemos uma nova linguagem para deixar mais claro que essas opções ''Curtir'' e publicações incluem tópicos como religião ou preferências políticas. Essa linguagem não significa que estamos mudando nossas Diretrizes de propaganda (https://www.prod.facebook.com/ad_guidelines.php), a qual (sic) proíbe os anunciantes de veicular anúncios que afirmem ou impliquem características pessoais, tais como raça, etnia, religião e orientação sexual. Para deixar isso mais claro, acrescentamos linguagem adicional a esta proposta, incluindo um link para as nossas diretrizes. 
noticias.r7

Nenhum comentário:

Postar um comentário