O americano Cain Velásquez deu o troco no brasileiro Junior Cigano e recuperou o cinturão dos pesos-pesados do Ultimate ao vencer a revanche entre os dois, neste sábado, no UFC 155, em Las Vegas, EUA. Velásquez, que estava lesionado na primeira luta entre os dois, em novembro de 2011, desta vez entrou 100% e dominou o atleta do Corinthians com seu wrestling e sua pressão incessante dentro do octógono. O americano ainda surpreendeu ao ser superior inclusive no boxe, tendo derrubado o brasileiro com um direto de direita no primeiro round, e venceu por decisão unânime (50-45, 50-44 e 50-43).
Com a vitória, os EUA encerram 2012 com domínio absoluto dos cinturões do UFC: os americanos têm seis, no peso-pesado (Velásquez), peso-meio-pesado (Jon Jones), peso-leve (Benson Henderson), peso-galo (Dominick Cruz), peso-mosca (Demetrious Johnson) e na recém-criada divisão peso-galo feminino (Ronda Rousey). O Brasil volta a ter três títulos, sendo um deles interino (Renan Barão, no peso-galo) e dois lineares (Anderson Silva no peso-médio e José Aldo no peso-pena).
- O ano inteiro, eu me preparei, e essa luta foi a mais difícil. Eu estava muito cansado e eu fui em frente, graças ao meu preparador e à minha equipe. Me sinto muito bem. Voltei mais forte. Este é o meu presente de Natal para minha esposa, eu havia prometido a ela - disse Velásquez após receber o cinturão de volta.
Cain Velásquez entrou ao som dos mariachis mexicanos e foi saudado por uma grande torcida latina. Ele aparentou confiança e determinação ao pisar no octógono. Já Cigano surgiu sob um misto de gritos de incentivo e vaias, com a camisa com seu sobrenome, Dos Santos, escrito no peito e o escudo do Corinthians na manga. Com o tema do filme "Rocky, o Lutador" tocando no ginásio, Cigano entrou fitando Velásquez fixamente, com uma expressão de raiva. Os dois tocaram as luvas antes do início do combate.
Velásquez começou pressionando e logo conseguiu uma queda, mas Cigano surpreendeu e raspou, se levantando em seguida. A tentativa de queda seguinte do americano foi no vazio, e ele seguiu insistindo nos jabs e nos mergulhos na perna para tentar derrubar o campeão. O brasileiro tinha pouca oportunidade de ajeitar os pés e acertar seu boxe, mas se esquivava bem e frustrava o rival repetidamente nas defesas de takedown. Cigano acertou um bom overhand de direita que abriu um corte na cabeça de Velásquez, mas começou a apresentar o rosto magoado pelos jabs e diretos do rival.
Com cerca de 1m30s restando no primeiro round, Velásquez conseguiu um knockdown com um direto de direita e passou a dominar o brasileiro no chão. O atleta do Corinthians fez o que pôde para se defender nos segundos finais e evitar o nocaute, mas saiu em desvantagem clara no primeiro round.
Com um olhar assustado, Cigano tratou de tentar um upper de direita para acabar logo com a luta, mas acabou derrubado por Velásquez. No chão, o brasileiro se mostrou ativo e conseguiu impedir que o americano atacasse no ground and pound. Ele se levantou algumas vezes, mas era logo recolocado no chão.
Cigano ainda quase foi pego numa chave de braço, mas conseguiu escapar e se recolocar de pé, onde segurou Velásquez no clinche e trocou alguns golpes curtos antes do fim do round.
No terceiro assalto, Cigano parecia mais calmo e começou a acertar mais golpes no boxe, mas logo foi recolocado no chão por Velásquez. O atleta corintiano se levantou, e Velásquez seguiu pressionando no clinche, com socos curtos e joelhadas. Cigano conseguiu se desvencilhar , mas não achou a distância para encaixar seus golpes. Velásquez desistiu das quedas, mas seguiu punindo-o no clinche e no boxe, já que o brasileiro insistia em manter a guarda baixa.
Velásquez já aparentava maior cansaço no quarto round e Cigano também parecia estar se recompondo. O americano, porém, continuava aproveitando a guarda baixa do adversário para conectar jabs e diretos. Velásquez conseguia algumas quedas, mas o brasileiro se recolocava de pé rapidamente. Cigano apostou nas cotoveladas no rosto, mas o americano nem se incomodava com elas.
A luta foi para o último round e nada mudou. Velásquez voltou a pressionar no clinche, e Cigano defendeu as quedas. No boxe, o americano seguia andando para frente e o brasileiro não encontrava a distância correta para acertar seus golpes. Na metade do assalto, Velásquez derrubou o corintiano e o castigou no ground and pound.. Cigano conseguiu se levantar e se soltar, mas ainda levou um chutaço de direita no rosto antes do fim da luta. Ao soar do gongo, Velásquez comemorou e caiu no chão com os punhos levantados.
Após o anúncio oficial da derrota, Cigano foi entrevistado no microfone aberto do Ultimate e recebeu vaias. Ele não se abalou e prometeu voltar melhor.
- Por que todo mundo está tão chateado? Por que? Sua estratégia foi muito eficiente e, hoje, ele foi melhor do que eu. Os socos foram normais, eu estou acostumado a tomar socos todos os dias, mas ele pressionou o tempo inteiro, tentou me colocar para baixo, então parabéns a ele. Cain Velásquez, como você disse: eu vou voltar e vou recuperar o meu cinturão - disse Cigano.
Ao SPORTV, Cigano pediu desculpas ao povo brasileiro pelo revés.
- Gostaria de dizer "desculpa", tentei o melhor. Não consegui conectar nenhum soco. Infelizmente não deu desta vez, mas eu aprendi na minha vida que nenhuma derrota vai me vencer.
Sportv/pbagora
Com a vitória, os EUA encerram 2012 com domínio absoluto dos cinturões do UFC: os americanos têm seis, no peso-pesado (Velásquez), peso-meio-pesado (Jon Jones), peso-leve (Benson Henderson), peso-galo (Dominick Cruz), peso-mosca (Demetrious Johnson) e na recém-criada divisão peso-galo feminino (Ronda Rousey). O Brasil volta a ter três títulos, sendo um deles interino (Renan Barão, no peso-galo) e dois lineares (Anderson Silva no peso-médio e José Aldo no peso-pena).
- O ano inteiro, eu me preparei, e essa luta foi a mais difícil. Eu estava muito cansado e eu fui em frente, graças ao meu preparador e à minha equipe. Me sinto muito bem. Voltei mais forte. Este é o meu presente de Natal para minha esposa, eu havia prometido a ela - disse Velásquez após receber o cinturão de volta.
Cain Velásquez entrou ao som dos mariachis mexicanos e foi saudado por uma grande torcida latina. Ele aparentou confiança e determinação ao pisar no octógono. Já Cigano surgiu sob um misto de gritos de incentivo e vaias, com a camisa com seu sobrenome, Dos Santos, escrito no peito e o escudo do Corinthians na manga. Com o tema do filme "Rocky, o Lutador" tocando no ginásio, Cigano entrou fitando Velásquez fixamente, com uma expressão de raiva. Os dois tocaram as luvas antes do início do combate.
Velásquez começou pressionando e logo conseguiu uma queda, mas Cigano surpreendeu e raspou, se levantando em seguida. A tentativa de queda seguinte do americano foi no vazio, e ele seguiu insistindo nos jabs e nos mergulhos na perna para tentar derrubar o campeão. O brasileiro tinha pouca oportunidade de ajeitar os pés e acertar seu boxe, mas se esquivava bem e frustrava o rival repetidamente nas defesas de takedown. Cigano acertou um bom overhand de direita que abriu um corte na cabeça de Velásquez, mas começou a apresentar o rosto magoado pelos jabs e diretos do rival.
Com cerca de 1m30s restando no primeiro round, Velásquez conseguiu um knockdown com um direto de direita e passou a dominar o brasileiro no chão. O atleta do Corinthians fez o que pôde para se defender nos segundos finais e evitar o nocaute, mas saiu em desvantagem clara no primeiro round.
Com um olhar assustado, Cigano tratou de tentar um upper de direita para acabar logo com a luta, mas acabou derrubado por Velásquez. No chão, o brasileiro se mostrou ativo e conseguiu impedir que o americano atacasse no ground and pound. Ele se levantou algumas vezes, mas era logo recolocado no chão.
Cigano ainda quase foi pego numa chave de braço, mas conseguiu escapar e se recolocar de pé, onde segurou Velásquez no clinche e trocou alguns golpes curtos antes do fim do round.
No terceiro assalto, Cigano parecia mais calmo e começou a acertar mais golpes no boxe, mas logo foi recolocado no chão por Velásquez. O atleta corintiano se levantou, e Velásquez seguiu pressionando no clinche, com socos curtos e joelhadas. Cigano conseguiu se desvencilhar , mas não achou a distância para encaixar seus golpes. Velásquez desistiu das quedas, mas seguiu punindo-o no clinche e no boxe, já que o brasileiro insistia em manter a guarda baixa.
Velásquez já aparentava maior cansaço no quarto round e Cigano também parecia estar se recompondo. O americano, porém, continuava aproveitando a guarda baixa do adversário para conectar jabs e diretos. Velásquez conseguia algumas quedas, mas o brasileiro se recolocava de pé rapidamente. Cigano apostou nas cotoveladas no rosto, mas o americano nem se incomodava com elas.
A luta foi para o último round e nada mudou. Velásquez voltou a pressionar no clinche, e Cigano defendeu as quedas. No boxe, o americano seguia andando para frente e o brasileiro não encontrava a distância correta para acertar seus golpes. Na metade do assalto, Velásquez derrubou o corintiano e o castigou no ground and pound.. Cigano conseguiu se levantar e se soltar, mas ainda levou um chutaço de direita no rosto antes do fim da luta. Ao soar do gongo, Velásquez comemorou e caiu no chão com os punhos levantados.
Após o anúncio oficial da derrota, Cigano foi entrevistado no microfone aberto do Ultimate e recebeu vaias. Ele não se abalou e prometeu voltar melhor.
- Por que todo mundo está tão chateado? Por que? Sua estratégia foi muito eficiente e, hoje, ele foi melhor do que eu. Os socos foram normais, eu estou acostumado a tomar socos todos os dias, mas ele pressionou o tempo inteiro, tentou me colocar para baixo, então parabéns a ele. Cain Velásquez, como você disse: eu vou voltar e vou recuperar o meu cinturão - disse Cigano.
Ao SPORTV, Cigano pediu desculpas ao povo brasileiro pelo revés.
- Gostaria de dizer "desculpa", tentei o melhor. Não consegui conectar nenhum soco. Infelizmente não deu desta vez, mas eu aprendi na minha vida que nenhuma derrota vai me vencer.
Sportv/pbagora
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