Após julgarem as práticas fraudulentas que ocorreram na gestão do Banco Rural, os 10 ministros do Supremo Tribunal Federal(STF) iniciam nesta segunda-feira (10) a análise dos supostos crimes de lavagem de dinheiro cometidos pelo grupo de Marcos Valério, com apoio de dirigentes da instituição financeira de Minas Gerais, para encobrir os pagamentos de propinas a políticos em troca de apoio no Congresso.
O novo capítulo do julgamento será deflagrado com a leitura do voto do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa. O magistrado não tem prazo para concluir sua manifestação.
Dez pessoas ligadas às agências de publicidade de Marcos Valério e ao Banco Rural foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por, supostamente, terem colaborado nas operações para dissimular os repasses de dinheiro em espécie a parlamentares.
Do núcleo publicitário do mensalão, respondem por lavagem de recursos o próprio Marcos Valério, seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, seu advogado Rogério Tolentino, e duas funcionárias de suas empresas: Simone Vasconcelos e Geiza Dias.
Ex-diretora administrativa da SMP&B, Simone é acusada pelo Ministério Público de efetuar os saques das verbas no Banco Rural e repassá-las aos beneficiários do esquema em agências bancárias, quartos de hotéis ou na sede da empresa em Brasília.
Já Geiza, que à época em que teriam ocorrido as irregularidades ocupava o cargo de gerente financeira da SMP&B, é suspeita de auxiliar na distribuição dos recursos. Sua principal função, alegam os procuradores da República, era encaminhar ao Banco Rural os nomes dos destinatários dos valores.
globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário