Amanhã é o Dia Nacional do Idoso. Na Paraíba, a população com 60 anos ou mais aumentou 16,2%, em dois anos (entre 2009 e 2011), passando de 432 mil (11,4% do total de paraibanos) para 502 mil (13,1%) conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011), divulgada na última sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2009, o Estado era o 5º do País com o maior percentual de idosos. Agora, ocupa o 3º lugar. No entanto, esse crescimento, segundo estudiosos, ocorreu de forma abrupta e nem a sociedade nem os governos se prepararam para dar à população da terceira idade a assistência digna. Idosos da Capital falaram sobre isso, ontem, durante a abertura oficial da Semana Municipal do Idoso, no Parque Solon de Lucena.
Segundo a psicóloga gerontóloga e mestre em Serviço Social, Regina Irene Formiga, a população idosa precisa superar desafios econômicos e sociais. “Ao se aposentar, o idoso sofre com as perdas salariais como o achatamento caso se aposente por tempo salarial. Além disso, eles ainda têm que custear a compra de medicamentos que muitas vezes não é oferecido pelo serviço público e não recebe o necessário para suprir as despesas”, comentou.
Quando se aposenta, os idosos perdem a convivência com outras pessoas. “Há um maior isolamento e o convívio passa a ser apenas familiar. Ele deixa de ter o contato com outras pessoas para conversar e conhecer outros”, comentou. Ainda de acordo com Regina Formiga, o envelhecimento da população se deu de forma abrupta e sem nenhum preparo para atender dignamente essa faixa etária.
“Na nossa cultura, as pessoas querem viver muito, mas não querem ficar velhos. É preciso melhorar a educação, trabalhando com estudantes a concepção de velhice, e que os gestores criem mais políticas sociais”, disse.
portal correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário