O tablet Nexus 7, apresentado pelo Google na quarta-feira (27) "é perfeito para o mercado brasileiro", de acordo com o diretor de produto da empresa, Hugo Barra. Em entrevista ao programa "Conta Corrente", da Globo News, o executivo afirma que o preço é o fator fundamental para o sucesso do aparelho no país.
Barra, brasileiro que trabalha no Googlehá mais de quatro anos, foi o responsável pela apresentação do Nexus 7 durante o evento Google I/O, realizado em San Francisco nos Estados Unidos. Para ele, o concorrente do iPad, da Apple, e do Surface, da Microsoft, é um modelo inédito.
"É o primeiro tablet de 7 polegadas com [processador de] quatro núcleos e tela em HD. Nunca se fez um aparelho como este. Nosso objetivo é colocar nas mãos das pessoas um tablet Android ultrapoderoso por um preço acessível e que dá acesso a tudo: navegador [de web], revista e livro [digitais], filme, jogos 3D. Na minha opinião, é o primeiro dispositivo tablet de alta performance e baixo custo do mundo."
Para Barra, os games irão impulsionar as vendas do Nexus 7. "Ele é um dispositivo feito para games 'hardcore'. Tivemos 50 desenvolvedores que criaram aplicativos exclusivamente para o Nexus 7 adaptados para a tela de sete polegadas antes mesmo de ele chegar às lojas".
Ainda não há previsão de lançamento nem o preço de o aparelho chegar ao país, mas Barra afirma que o Brasil, pelos resultados, está no topo das prioridades do Google. "O número de aparelhos com Android cresceu seis vezes em um ano no Brasil. Por isso, é um mercado muito estratégico para a empresa".
O mesmo vale para o serviço de conteúdo digital Google Play como filmes, músicas e seriados, que devem ser lançados no país ainda no final do ano. Por enquanto, os brasileiros têm acesso apenas a aplicativos na loja virtual. "É difícil conseguir lançar tudo isso junto porque a parte de licenciamento é totalmente separada com diversos 'players' da indústria. Mas a previsão é trazer tudo este ano".
Google Glass
Os "óculos do futuro" do Google já podem ser comprados por desenvolvedores que participaram do evento Google I/O. Por US$ 1,5 mil, eles receberão o dispositivo em 2013, mas, de acordo com o diretor da empresa, este não será o valor final do aparelho.
"Este preço inicial sai de um processo de fabricação limitado e o preço é realmente alto. O que custa caro é a tela, que é uma tecnologia nova que criamos do zero e que tem custo elevado. A haste de titânio também é muito cara de se fazer com o processo que usamos atualmente. A expectativa é reduzir o preço do aparelho uma vez que o produto esteja refinado. Estamos nessa fase de refinamento."
TRIBUNA HOJE
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