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quarta-feira, 23 de maio de 2012

"Ficarei calado como manda a Constituição", diz Cachoeira em CPI

ImageO bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está na tarde desta terça-feira (22) no Congresso para depor na CPI que investiga suas relações com agentes públicos, se nega a responder perguntas formuladas pelos integrantes da comissão e se mantém calado, como já era esperado. A orientação é de seus advogados. O bicheiro afirma aos parlamentares que só falará na presença do juiz, em audiência. "Por enquanto ficarei calado como manda a Constituição", disse, no início da reunião.

Mesmo sabendo que o contraventor poderia permanecer calado durante seu depoimento, o relator da CPI Mista, Odair Cunha (PT-MG), trouxe cerca de 200 perguntas para fazer ao bicheiro, suspeito de mobilizar parlamentares e governadores em prol de seus interesses. A reunião da CPI teve início pontualmente às 14h, com a abertura dos trabalhos pelo presidente da Comissão, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Indagado pelo relator da CPI sobre bens e relação com empresários, Cachoeira disse que ficaria calado --a mesma resposta foi dada às perguntas posteriores, tanto sobre a relação dele com empresas como a Delta, quanto sobre a relação com um sul-coreano e sobre seus bens, tais como uma casa em Miami. 

“Como manda a lei responderei constitucionalmente, fui advertido pelos advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui”, afirmou o bicheiro. Já na terceira pergunta não respondida, Cachoeira começou a ironizar o fato de que não iria responder e que só responderia depois de falar na Justiça de Goiás. "Tenho muito a dizer, mas só depois da audiência [na Justiça]."

Os parlamentares chegaram a pedir que o advogado de Cachoeira, o ex-ministro da Justiça do governo Lula, Márcio Thomaz Bastos, garantisse que seu cliente voltaria à CPI para, então, responder os questionamentos suscitados durante as investigações da Polícia Federal. Bastos ainda não respondeu o pedido. Os membros da comissão ainda perguntaram se Cachoeira aceitaria falar da condição de beneficiado em uma delação premiada, mas ele não respondeu.
A postura do contraventor irritou o deputado Fernando Franscichini (PSDB-PR), que pediu à presidência da CPI que os parlamentares fossem tratados com respeito e não "como palhaços".

O bicheiro também invocou o direito de permanecer calado ao ser indagado por membros da CPI sobre sua relação com Waldomiro Diniz, com o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e com Idalberto Matias Araújo, o Dadá.

A postura do contraventor irritou o deputado Fernando Franscichini (PSDB-PR), que pediu à presidência da CPI que os parlamentares fossem tratados com respeito e não "como palhaços".

O bicheiro também invocou o direito de permanecer calado ao ser indagado por membros da CPI sobre sua relação com Waldomiro Diniz, com o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e com Idalberto Matias Araújo, o Dadá.

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) pediu a suspensão da reunião. "Estamos fazendo um papel ridículo diante deste senhor, que está nos manipulando, [estamos] perguntando para uma múmia." 

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), vai colocar em votação um requerimento para suspender a reunião.

CARIRI LIGADO

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