O julgamento dos cinco acusados de participar do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT) começa nesta quinta-feira (10), no Fórum de Itapecerica da Serra. Celso Daniel foi morto em janeira de 2002 por supostamente tentar impedir um esquema de corrupção na cidade do ABC paulista. O julgamento pode durar até dois dias. Ao todo, serão ouvidas 13 testemunhas de defesa, entre elas, dois delegados da Polícia Civil. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não divulgou o número das testemunhas da promotoria, liderada por Márcio Augusto Friggi de Carvalho.
O juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov presidirá o julgamento. Serão julgados os réus Itamar Messias dos Santos Filho, Ivan Rodrigues da Silva, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, José Edison da Silva e Elcyd Oliveira Brito. Os três primeiros estão presos devido aos crimes relacionados à morte de Celso Daniel. Os dois últimos também são acusados de envolvimento no assassinato do prefeito de Santo André, mas foram beneficiados por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas estão presos por causa de outros processos.
FONTE: BAHIANOTICIAS
Outros dois réus também estão envolvidos no assassinato. Um deles é o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, e outro é Marcos Roberto Bispo dos Santos, único condenado, até então, pela morte do prefeito. Sombra conseguiu um habeas corpus e responde o processo em liberdade. O seu indiciamento foi desvinculado dos demais. Ele entrou com recurso no TJ para não responder por participação no crime, que foi negado, e agora aguarda a convocação para o julgamento. Bispo foi condenado pelo crime em novembro de 2010 e sentenciado a 18 anos de prisão.
De acordo com a promotoria, ele dirigiu uma Blazer que levou Celso Daniel ao cativeiro. O promotor do caso foi Francisco Cembranelli, afirmou, na época, que o petista foi vítima de um crime político por ter decidido por fim a um suposto esquema de corrupção em sua gestão. Segundo o promotor, parte do dinheiro público desviado por meio de licitações fraudulentas era destinada ao caixa de campanha do PT.
Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro de 2002, depois de sair de um jantar com Sombra. De acordo com o inquérito da Delegacia da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o prefeito foi executado a tiros e por engano. Para o Ministério Público Estadual, a morte teve motivação política e pediu a reabertura do inquérito.
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