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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Atacante do Corinthians Pode Ser Denunciado Por Contrabando



O atacante do Corinthians Emerson Sheik deve ser denunciado por crime de contrabando e lavagem de dinheiro. Nesta quinta-feira, ele prestou depoimento ao procurador geral da República Antônio do Passo Cabral, no Rio de Janeiro, para explicar a compra de um carro importado usado, apreendido na Operação Black Ops, realizada pela Polícia Federal, no início de outubro.
O encontro estava marcado para às 12h, mas ele e seu advogado, Ricardo Cerqueira, chegaram às 11h40. 

Após cerca de uma hora e meia, o jogador deixou o prédio, às 13h10, sem dar declarações ao LANCENET!. Na noite da última quarta-feira, a diretoria do Timão não sabia da situação e não confirmava sua presença no treino desta quinta, marcado para às 16h30 no CT Joaquim Grava.
O atacante voltou para São Paulo depois de ouvir do procurador geral da República que as provas contra ele são muito ruins e devem incriminá-lo. 

Sheik insistiu que comprou um BMW branco e que mandou o dinheiro para o exterior, mas que essa compra não foi feita pela loja Euro Imported Cars - Automóveis e Veículos, que é de propriedade de Haylton Scafura, filho do bicheiro José Caruzzo Scafura, o "Piruinha".
O jogador diz que não adquiriu o veículo nessa loja, mas sim um amigo dele da Tijuca, chamado Marcelo Caetano. Garantiu que esse carro não chegou a passar ao nome dele, e que o automóvel ficou na casa dele durante um mês, sem que ele recebesse a documentação do carro. Assim, sem que a documentação tivesse ido para o nome dele, revendeu a BMW para Diguinho, volante do Fluminense.

Então, começaram as incongruências, segundo o procurador:

1. Sheik fala que não comprou o carro através da loja do bicheiro, mas as escutas da Polícia Federal pegaram uma conversa dos bicheiros tentando regularizar a importação de um carro em nome de Márcio Passos de Albuquerque, nome real do atacante do Corinthians.
2. Sheik diz que recebeu o carro em outubro e fico com ele por um mês até passar para o Diguinho. 

O jogador do Flu, porém, que prestou depoimento por 1h antes dele, disse que recebeu o carro só em dezembro. Os dois juram que não sabiam que o carro era usado. E dizem que pagaram R$ 320 mil, valor de mercado, mas as notas fiscais estão em valores menores
3. O mais grave: embora Sheik diga que comprou apenas um carro e que o Chevrolet Camaro apreendido na operação não era mais dele porque já tinha o repassado em troca de um novo carro, no processo o procurador tem informações de duas BMWs que vieram para o Brasil em nome de Márcio Passos de Albuquerque. 

Uma foi apreendida com o Diguinho e a outra paga por Emerson, mas registrada pela empresa Rio Orla Associados, propiretária de 309 quiosques existentes nos 34 quilômetros da orla marítima do Rio de Janeiro, que pertencem a João Barreto Pereira da Costa.

O jogador não soube explicar e afirma que só comprou um carro. Embora a documentação que veio dos Estados Unidos aponte o pagamento feito por ele via Banco do Brasil.

Revista do Cariri
Lance net
FONTE: REVISTADOCARIRI.COM

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