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domingo, 7 de junho de 2015

Cientistas identificam novas espécies de sapos em morros da Mata Atlântica


A Mata Atlântica brasileira serve de lar para um tipo curioso de anfíbio: um pequeno sapo colorido com apenas um centímetro de tamanho. Pouco se sabe sobre esse bicho, que vive somente no topo de morros muito altos e está sempre escondido pela vegetação fechada. Depois de quase cinco anos de exploração, um grupo de pesquisadores do país foi capaz de identificar sete novas espécies em Santa Catarina e no Paraná. A descoberta é a maior da história do gênero Brachycephalus e aumenta para 28 o número de tipos de anfíbios do grupo em miniatura.

Os pesquisadores passaram horas seguidas buscando o canto dos sapos e revirando folhas no chão da mata. “Uma vez identificada a localidade, a gente começa a busca. Através da vocalização, vemos onde ele pode estar cantando e nos aproximamos muito vagarosamente”, conta Luiz Fernando Ribeiro, professor da Faculdade Dom Bosco, de Curitiba, e principal autor do estudo. “E, muitas vezes, a gente conta com a sorte, porque não tem outro jeito. É comum passarmos o dia inteiro na mata e não encontrarmos nenhum”, ressalta.

Depois de gravar, fotografar e coletar os sapinhos de cada região, os pesquisadores descreveram cada um deles e realizaram testes genéticos para comprovar que pertenciam a espécies diferentes. Dos sete novos tipos identificados, seis foram encontrados nos municípios de Garuva, Joinvile, Ilhota e Blumenau, em Santa Catarina. Uma, em Tijucas do Sul, no Paraná. Os dados sobre os bichos foram publicados no jornal científico PeerJ.

Embora sejam muito similares, os Brachycephalus formam uma coleção diferenciada principalmente pelas cores de pele de cada um. Os tons variam do verde ao laranja e ao amarelo, e podem formar diferentes desenhos. As cores chamativas dos sapinhos, explicam os pesquisadores, servem como forma de avisar que eles são venenosos.

diariodepernambuco.com

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