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segunda-feira, 2 de junho de 2014

País será 6º maior produtor de petróleo até 2035, diz Graça Segundo a executiva, paós deverá ter 6,1% de participação no mercado global da commodity

                     Dado Galdieri/Bloomberg
Funcionários da Petrobras em uma plataforma de petróleo em construção na bacia de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro
Funcionários da Petrobras em uma plataforma de petróleo em construção na bacia de Angra dos Reis


Rio - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou na manhã desta segunda-feira, 02, em seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV), que as análises internas da empresa indicam que o País chegará a 2035 como o sexto maior produtor de petróleo do mundo, com participação de 6,1% no mercado global.

 Segundo a executiva, as estimativas são semelhantes às previsões de organizações independentes e internacionais.
"Verificamos um crescimento bastante relevante, visto não só pela Petrobras, mas também pelos seus provisores. E isso é importante para o desenvolvimento do País e da economia", afirmou Graça Foster.
A executiva reafirmou a expectativa de ampliar a produção, a partir de 2020, para 4,2 milhões de barris diários. A partir desta meta, segundo ela, o crescimento depende de questões econômicas e do ritmo dos leilões no País.
"Há indefinição de algumas questões especialmente econômicas, e no Brasil, do ritmo dos leilões realizados pela ANP, seja pelo regime de partilha, seja pelo regime de concessão", afirmou a executiva.
Pré-sal
Graça afirmou que cerca de 30% das atuais reservas provadas do País estão, hoje, no pré-sal. A executiva também destacou que, nas áreas em que ainda não há certificação, a exploração em alta profundidade pode ser responsável por 57% das novas reservas.
"Temos que ter nossas reservas mapeadas com índice de produção. Temos hoje o pré-sal com 27% das reservas.
E temos volume potencialmente recuperável, que nos próximos anos vão se tornando reservas provadas gradativamente; 57% daquilo que pode virar reserva provada, hoje, tem origem no pré-sal", destacou a executiva.
O pré-sal respondeu por 22% da produção total da Petrobras em maio. Em volume, a produção chegou a 470 mil barris por dia, informou a presidente da estatal.
Ela ressaltou, contudo, que o volume ainda é preliminar e que a expectativa é atingir 500 mil barris por dia em breve, quando for interligado o último poço do prospecto Cidade de São Paulo.
Em abril, a produção média no pré-sal foi de 411 mil barris por dia. "A produção no pré-sal desde 2010 cresceu dez vezes. Temos feito interligações de tal forma que tenhamos crescimento da linha de produção", afirmou.
Graça informou também que das embarcações necessárias para atender à demanda da empresa em 2020, no pré-sal, 85% já estão contratados.
Toda a apresentação de Graça durante o seminário foi para comprovar que a empresa tem avançado na produção do pré-sal e que não há limitações para a companhia.
"A Petrobras tem que se tornar mais competitiva cada vez mais e reduzir os seus custos", complementou.
Consumidores
Graça ressaltou que o mercado de petróleo e de produção de combustíveis é formado por três partes complementares, que incluem os interesses do governo, dos consumidores e das empresas petroleiras.
Ela afirmou que "o consumidor é ávido por combustível a baixo custo", porém, segundo ela, é necessário que as empresas também ganhem, assim como é necessário atender aos planejamentos da matriz energética brasileira.
"O que define é o custo da energia nova que chega. As empresas precisam ganhar. É uma relação de ganha-ganha. Sem ganhar não há como investir com a mesma velocidade que os governos gostariam de ver", disse a presidente da Petrobras.

exame.abril

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