Iniesta chuta para fazer o gol do título da Espanha contra a Holanda há quatro anos (Foto: Getty Images)
Foi a terceira final da Holanda na história das Copas. E seu terceiro vice. Aquilo machucou o time laranja, sobretudo seu maior astro, Arjen Robben, que teve diante de si a melhor chance do jogo, seu momento supremo – o chute parou no goleiro Casillas. Agora, Robben estará novamente em campo, assim como estará Sneijder, assim como estará Van Persie. E assim como estarão as lembranças daquela derrota.
Robben desolado contra a Espanha: perda de gol foi decisiva para a derrota (Foto: Reuters)
- Penso muito nisso. Dói perder uma chance dessas – disse o atacante.Dicotomias do futebol: a dor de Robben é a alegria de Iniesta. Depois daquele gol, o meia do Barcelona se tornou ainda mais reverenciado. A ponto de ser aplaudido mesmo no Brasil, onde a Espanha foi tão vaiada ano passado, na Copa das Confederações. Voltar ao Brasil, agora para a Copa do Mundo, é um sonho para o craque espanhol.
- Pessoalmente, vivo um momento muito especial. Não imaginava tudo isso. As pessoas me aplaudiam durante a partida, depois de fazer uma jogada. A sensação é bonita, é especial. As pessoas mostram um respeito e um carinho muito grandes por mim – afirmou o jogador em entrevista exclusiva à TV Globo.
Iniesta quer aproveitar a Copa. Espera que seja um evento a ser curtido pelo povo. E diz que entende a onda de manifestações que marcou a preparação do país para o Mundial.
- É difícil entender o que acontece, mas quando muita gente de um país se manifesta dessa forma, deve ter uma razão real. Para nós, ir jogar um Mundial no Brasil é algo único e maravilhoso. Espero que seja o que todos queremos que seja. (...) Desejo que a Copa do Mundo seja um acontecimento único, histórico, e que as pessoas possam aproveitar. E que a Espanha possa chegar longe.
A Holanda, em quatro anos, mudou muito. Mas conserva a essência do futebol holandês"
Vicente del Bosque, técnico da Espanha
Na Holanda, a renovação está na defesa. Louis van Gaal agora aposta em um ferrolho para dar solidez ao time. Ensaiou um sistema com cinco defensores e deve apostar nisso contra a Espanha. E sem nenhum dos atletas que estavam na retaguarda na final de 2010 (figuras como o goleiro Stekelenburg, o lateral-direito Van der Wiel, os zagueiros Heitinga e Mathijsen e o lateral-esquerdo Van Bronckhorst). O setor é repleto de novidades: Cillessen, Janmaat, Vlaar, De Vrij, Indi e Blind.
- A Holanda, em quatro anos, mudou muito. Foram 16 trocas e sete permanências. E nós, mais ou menos o contrário. Temos uma seleção estável, que dura desde 2010. A Holanda é comandada por um homem pelo qual tenho muita estima por sua passagem pela Espanha. Ele conserva muitas coisas da essência do futebol holandês, jogadores muito habilidosos – comentou o técnico da Espanha, Vicente del Bosque.
O trunfo da Holanda é ofensivo. A permanência dos craques Sneijder, Robben e Van Persie dá esperanças de bons resultados à equipe laranja. Juntos, eles somam 92 gols pela seleção. E terão que desafiar uma defesa que sofreu apenas seis gols no somatório dos títulos das Eurocopas de 2008 e 2012 e da Copa de 2010.
globo.com
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