Rio - O hábito pode trazer sérios riscos à saúde, mas faz parte da
rotina de 91% cariocas: tomar remédio por conta própria. A taxa na
cidade do Rio supera a média nacional, que é de 76,4%. Além disso, 32%
dos brasileiros que se automedicam aumentam a dose do fármaco, para
‘potencializar os efeitos’, sem consultar especialistas.
Os dados, apresentados nesta segunda-feira são
da Pesquisa sobre o Uso Racional de Medicamentos no Brasil, do Instituto
de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico (ICTQ). No ranking
das 12 capitais analisadas, o Rio de Janeiro ficou em quarto lugar.
Salvador (Bahia) lidera a lista com taxa de 96,2%.
Cerca de 20% dos entrevistados usaram
antibióticos no último ano sem consultar um médico antes. Já 61,4% dos
que praticam o autoconsumo de medicamentos sabem das consequências do
gesto. “Tomar antibiótico sem prescrição é muito sério, porque o
organismo cria resistência ao remédio e ele perde o efeito”, explica
Marcos Vinicius de Andrade, diretor de Pesquisa do ICTQ.
De acordo com Marcos Vinicius, aumentar a dose
dos fármacos ingeridos sem consultar um especialista pode provocar
intoxicação, lesões no fígado, sangramento intestinal e até morte. Ainda
segundo o levantamento,72% dos brasileiros confiam na indicação de
medicamentos feita pela família; 42,4% por amigos; 17,5% por colegas de
trabalho ou estudo e 13,7% confiam na indicação de vizinhos (cada
entrevistado podia indicar mais de uma opção).
odia.ig
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