O papa Francisco pediu perdão nesta sexta-feira (11) pelos casos de
pedofilia e abusos sexuais cometidos por sacerdotes da Igreja Católica.
"Sinto
obrigação de me responsabilizar e pedir perdão [pelo que alguns
sacerdotes] fizeram, pelos abusos sexuais contra crianças", afirmou
Francisco, segundo a Rádio Vaticana. O Papa, porém, garantiu que "não
mudará" as decisões e "sanções" que já foram tomadas "sobre esse
problema".
Em fevereiro, a Organização das Nações Unidas (ONU)
afirmou que a Santa Sé permitiu o abuso sexual de milhares de crianças e
ordenou que o Vaticano removesse "imediatamente" de seus cargos os
responsáveis por cometer tais crimes.
Segundo um relatório
divulgado pelo Comitê da ONU sobre os Direitos das Crianças, a Santa Sé
"adota políticas e práticas" que levam à continuação dos abusos e à
impunidade dos autores.
O relatório da comissão foi escrito após
uma longa análise de documentos apresentados pelo Vaticano para prestar
esclarecimentos à ONU sobre o que tem sido feito para conter os abusos
sexuais. Essa apresentação ocorreu no último dia 16 de janeiro, em um
painel realizado em Genebra, na Suíça.
Signatário da Convenção das
Nações Unidas sobre os Direitos da Criança desde abril de 1990, o
Vaticano apresentou seu primeiro relatório sobre o tema em 1994,
examinado em 1995. A audiência do início de janeiro, porém, foi a
primeira vez que a Santa Sé se pronunciou após um pedido oficial do
comitê da ONU. O organismo enviou uma série de perguntas ao Vaticano em
julho de 2013, mas no fim do ano passado a Santa Sé se negou a
disponibilizar documentos referentes às investigações dos casos de
pedofilia.
Ao longo de sua história, o Vaticano já recebeu dezenas
de denúncias de pedofilia em todo o mundo. Uma das punições aplicadas
pela Santa Sé é afastar os sacerdotes envolvidos nos casos e realizar
uma investigação interna.
jb.com
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