Tal como uma epidemia, que atinge um pico infecioso e depois começa a
declinar, o Facebook irá implodir dentro dos próximos três anos. É o que
prevê um estudo do departamento de engenharia mecânica e aeronáutica da
Universidade de Princeton, nos EUA.
O estudo «Modelação epidemiológica da dinâmica das redes sociais online»
é da autoria de John Cannarella e Joshua A. Spechler. Os cientistas
utilizaram uma fórmula referente ao ciclo de epidemias para analisar a
popularidade do Facebook.
Para a pesquisa, não foi levado em
conta o número de utilizadores, mas sim a quantidade de buscas feitas no
Google referente às redes sociais. Utilizando um modelo chamado SIR,
para avaliação de doenças infeciosas, John Cannarella e Joshua A.
Spechler consideraram a adoção das redes como uma infeção e o seu
abandono como a recuperação.
«O Facebook já atingiu o seu pico de
popularidade e entrou na fase de declínio, como sugere a queda nas
buscas [feitas via Google] depois de 2012. A rede deve apresentar uma
rápida decadência nos próximos anos», refere a pesquisa. O levantamento
indica que essa queda será significativa já em Dezembro de 2014.
O
caso do MySpace, a rede social que foi extremamente popular até 2008 e
mergulhou na obscuridade pouco tempo depois, foi usado para comparação e
validação do método. Fundado em 2003 e com um pico de 75,9 milhões de
utilizadores nos EUA em 2008, o site para fãs de música foi abandonado
pela grande maioria até 2011.
A extrapolação do modelo que melhor
se encaixa para o futuro sugere que o Facebook irá sofrer um rápido
declínio nos próximos anos, perdendo 80% da sua base de utilizadores no
pico entre 2015 e 2017», escrevem os autores.
O estudo justifica
o método com precedentes estabelecidos em investigações anteriores, que
aplicaram modelos epidemiológicos fora do campo das doenças: às ideias.
«As ideias, como as doenças, demonstraram espalharem-se de
forma contagiosa entre as pessoas antes de, eventualmente, morrerem, e
foram descritas com sucesso usando modelos epidemiológicos», sublinham
os cientistas.
«Isto segue-se de forma intuitiva, visto que as
ideias são geradas através de contacto comunicativo entre diferentes
pessoas, que partilham ideias umas com as outras. Os manifestantes de
ideias acabam por perder interesse nelas e deixam de as manifestar, o
que pode ser pensado como ganhar "imunidade" à ideia», concluem.
tvi24.iol.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário