Parte dos servidores da Companhia de Águas e Esgostos da Paraíba (Cagepa) decidiram entrar em greve na manhã desta terça-feira (29). De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia, a intenção é deflagrar uma greve em todo o estado. “Os funcionários de Campina Grande, Patos, Sousa Cajazeiras já estão em greve”, informou.
Em João Pessoa e região metropolitana, a greve não está oficializada, mas funcionários insatisfeitos realizam uma manifestação, na Estação Elevatória de Marés, na capital, para cobrar esclarecimentos à superintendência da companhia sobre o empréstimo de R$ 150 milhões que será contraído junto a Caixa Econômica Federal (CEF). Os servidores também cobram um reajuste salarial de 15%, o aumento no vale alimentação de R$ 525 para R$ 650, a demissão dos comissionados e a contratação dos concursados.
“Temos apoio também em João Pessoa. Com a greve o atendimento ao público será mantido em 30% do efetivo, mas com 100% do abastecimento garantido”, reforçou Wilton Maia. Uma outra manifestação foi realizada em Campina Grande, simultâneamente a promovida na Estação de Marés.
Conforme a assessoria, a greve promovida pelos funcionários da companhia sindicalizados na Stiupb é algo isolado, não tendo força em João Pessoa e região metropolitana, onde quem responde pelos servidores é o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Purificação da Água e Em Serviços de Esgotos do Estado da Paraíba (Stipdase). O G1 não conseguiu entrar em contato com este sindicato para saber sobre a adesão ao movimento grevista que atinge o interior do estado.
Na capital e cidades adjacentes, o atendimento a população acontece normalmente, conforme a Cagepa. Sobre a demissão dos comissionados e contratação dos concursados, a Cagepa informou que convocou mais de 300 concursados de 2011 até este ano e que por conta disso apenas 30% do quadro de funcionários corresponde a comissionados.
O superitendente da Cagepa, Deusdete Queiroga, compareceu na sessão da manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa para explicar os motivos pelos quais a companhia irá contrair o empréstimo. A assessoria adiantou que se trata de um empréstimo para sanar dívidas da empresa, que vem fechando as contas todos os meses no vermelho. Segundo a assessoria, a Cagepa arrecada R$ 36 milhões e possui um custo de R$ 42 milhões, tendo um déficit de R$ 6 milhões todos os meses. Com o dinheiro que será adquirido junto a CEF seriam pagos outros cinco empréstimos feitos a bancos privados em gestões passadas.
Do Cariri Ligado/portal.gazetafm95
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