Vinte e sete municípios paraibanos estão com risco de epidemia de dengue. Segundo o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), as cidades apresentam índice de infestação predial (IIP) acima de 3,9, a exemplo de Juripiranga (14,4); Barra de Santana e Ouro Velho (ambas com 12,2); Brejo dos Santos (11,5) e Araruna (11.1). O índice considerado satisfatório é menor que 1.
De 1º de janeiro a 27 de abril, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) notificou 3.878 casos suspeitos de dengue (mais de mil em apenas uma semana) e confirmou 1.034. O número de notificações é 13,82% maior que no mesmo período do ano passado. Já são quatro óbitos confirmados este ano.
“Quanto à circulação viral, temos isolamento do tipo 4 com resultado em dezembro. As amostras coletadas no mês de fevereiro e janeiro não deram resultado detectável. Estamos no aguardo, até a semana que vem, da análise de novas amostras”, lembrou Talita Tavares, gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O fato de algumas casas estarem fechadas tem atrapalhado a busca por informações precisas das cidades paraibanas. “Cabe a cada município buscar estratégias para minimizar essa situação, o que pode ser feito através do agendamento com os proprietários, imobiliárias e em outros horários”, explicou.
A gerente disse que o Estado está em alerta. “Estamos solicitando a implementação de todas as ações de campo para controle vetorial. O Estado disponibiliza o carro fumacê e bomba motorizada para aqueles municípios com alto índice de infestação predial, óbitos notificados, óbitos registrados e taxa de transmissibilidade da doença”, disse. Além disso, os municípios foram alertados que a rede assistencial deve estar preparada para atendimento e direcionamento dos casos suspeitos de dengue, evitando assim o óbito. O Liraa é realizado nos municípios com mais de 2 mil imóveis.
SMS acha focos em prédio fechado
Vários focos de dengue foram localizados no interior do antigo prédio do INSS, que fica na Avenida Duque de Caxias, no Centro da Capital. A constatação foi feita na última segunda-feira durante vistoria no edifício realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A iniciativa foi tomada a partir de uma reportagem publicada no último domingo, no Correio, que alertava para os riscos no local e em uma piscina abandonada, no bairro da Torre.
Durante a inspeção, a equipe especial, formada por cinco agentes comunitários de saúde, teve acesso à parte interna do prédio e se deparou com lixo acumulado, em sua maioria objetos de plástico que são potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypt. “Fomos em todos os andares, encontramos muitos focos e fizemos a aplicação de larvicida”, disse Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses. Ele solicitou ao responsável pelo local que providencie a limpeza para não colocar em risco a saúde da população.
Na piscina, que fica por trás de um hospital em construção no bairro da Torre apesar do risco aparente, não havia larvas. Porém, por precaução, os agentes aplicaram o produto. A SMS está elaborando programação para iniciar uma série de visitas aos bairros da Capital. A data ainda não está definida.
Óbitos em 2013
1 João Pessoa - Paciente sexo masculino, 35 anos,morreu em 05/01/2013
2 Arara - Menina de 2 anos e 10 meses, morreu em 28/01/2013
3 Salgado de São Félix - Adolescente, sexo feminino, 14 anos, morreu em 11/02/2013
4 Pitimbu - Menino de 2 anos e 09 meses, morreu em 03/03/2013
portal correio
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