Na manhã desta sexta-feira (6), foi
desencadeada, em João Pessoa, uma operação que desarticulou um esquema
internacional que importava, de maneira fraudulenta, veículos e náuticos
de luxo. O prejuízo para os cofres públicos chega R$ 8 milhões. Foram
cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e quatro de condução
coercitiva. A operação Dealers investigou paraibanos residentes nos
Estados Unidos, empresários e laranjas em João Pessoa, Recife e outras
localidades.
Segundo as primeiras informações
divulgadas pela Polícia Federal, as investigações começaram após o
levantamento da quantidade de veículos de luxo importados transitando na
capital paraibana, muitos deles registrados em nome de pessoas que
possuem renda incompatível com a aquisição desses bens.
De acordo com a Polícia Federal da
Paraíba, os investigados utilizavam uma empresa situada em Orlando, nos
Estados Unidos, para identificar veículos que, depois de passarem por
pessoas físicas, eram enviados ao Brasil. Essa prática configura
contrabando, já que a importação, salvo raras exceções, só é permitida
para veículos novos.
Foram realizadas diligências pelo FBI, que
constatou que a empresa dos brasileiros estabelecidos nos Estados
Unidos não parecia ser um empreendimento comercial verdadeiro e que uma
das principais importadoras possui uma empresa de fachada em João
Pessoa, mantida principalmente por incentivos fiscais estaduais. Essa
empresa também estaria em desconformidade com o fisco estadual.
Outros problemas encontrados pela
investigação conjunta da Polícia Federal na Paraíba, o Ministério
Público Federal, a Receita Federal e a Receita Estadual, apontam que os
investigados poderiam estar envolvidos com o esquema dólar-cabo, uma
transação financeira que resulta na a evasão de divisas, na
falsificação do contador de horas de uma moto aquática vendida e emissão
de notas fiscais alteradas e declarações falsas à Receita Federal.
Durante as investigações, houve troca de
informações com o órgão americano responsável pelo serviço de aduana dos
Estados Unidos (ICE). Os crimes cometidos podem resultar em penas de
mais de 20 anos de reclusão.
cariri ligado
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