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sábado, 7 de dezembro de 2013

Polícia Federal desarticula esquema de importação ilegal de veículos de luxo na Paraíba

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Na manhã desta sexta-feira (6), foi desencadeada, em João Pessoa, uma operação que desarticulou um esquema internacional que importava, de maneira fraudulenta, veículos e náuticos de luxo. O prejuízo para os cofres públicos chega R$ 8 milhões. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. A operação Dealers investigou paraibanos residentes nos Estados Unidos, empresários e laranjas em João Pessoa, Recife e outras localidades.

Segundo as primeiras informações divulgadas pela Polícia Federal, as investigações começaram após o levantamento da quantidade de veículos de luxo importados transitando na capital paraibana, muitos deles registrados em nome de pessoas que possuem renda incompatível com a aquisição desses bens. 

De acordo com a Polícia Federal da Paraíba, os investigados utilizavam uma empresa situada em Orlando, nos Estados Unidos, para identificar veículos que, depois de passarem por pessoas físicas, eram enviados ao Brasil. Essa prática configura contrabando, já que a importação, salvo raras exceções, só é permitida para veículos novos.
 
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Foram realizadas diligências pelo FBI, que constatou que a empresa dos brasileiros estabelecidos nos Estados Unidos não parecia ser um empreendimento comercial verdadeiro e que uma das principais importadoras possui uma empresa de fachada em João Pessoa, mantida principalmente por incentivos fiscais estaduais. Essa empresa também estaria em desconformidade com o  fisco estadual.

Outros problemas encontrados pela investigação conjunta da Polícia Federal na Paraíba, o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Receita Estadual, apontam que os investigados poderiam estar envolvidos com o esquema dólar-cabo, uma  transação financeira que resulta na a evasão de divisas, na falsificação do contador de horas de uma moto aquática vendida e emissão de notas fiscais alteradas e declarações falsas à Receita Federal.


Durante as investigações, houve troca de informações com o órgão americano responsável pelo serviço de aduana dos Estados Unidos (ICE). Os  crimes cometidos podem resultar em penas de mais de 20 anos de reclusão. 

cariri ligado

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