Em 2011, cinco estados concentravam a maior parte do PIB, segundo a
pesquisa Contas Regionais do Brasil de 2011, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (22).
O grupo formado por São Paulo (32,6%), Rio de Janeiro (11,2%), Minas
Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (5,8%) concentrava
65,2% do PIB em 2011. Em 2002, a fatia era maior, de 68%.
Na outra ponta, os dez estados com menor participação somaram 5,3%,
enquanto os outros 12 estados passaram de 27,1% para 29,5% no período, o
maior crescimento entre os três grupos.
De acordo com o IBGE, foi registrada uma redistribuição da participação
entre os quatro estados da região Sudeste, com a fatia de 55,4% do PIB.
São Paulo, que segue em primeiro lugar no ranking, perdeu cerca de 0,5
ponto percentual ao passar de 33,1% para 32,6% no período - a menor
participação na série iniciada em 2002.
"Isso ocorreu porque a indústria de transformação brasileira atingiu,
em 2011, sua menor participação na série (14,6% contra 16,2% em 2010).
Com isso, o estado teve perda de representatividade da indústria de
transformação de 42,0% para 41,8%. Também houve queda na participação do
comércio e da produção e distribuição de eletricidade e gás, água,
esgoto e limpeza urbana", diz a nota.
Já a parcela do Rio de Janeiro aumentou, passando de 10,8% para 11,2%, e
Espírito Santo, de 2,2% para 2,4%. Minas Gerais se manteve com 9,3%.
"O resultado do Rio de Janeiro foi influenciado pela elevação do preço
médio do petróleo, conferindo aumento da participação de 35,3% para
39,8% da atividade da indústria extrativa fluminense, o que aumentou o
peso na economia do estado de 9,8% para 14,5%", afirma a nota do IBGE.
"O ganho de participação do Espírito Santo de 2,2% em 2010 para 2,4% em
2011 relaciona-se ao aumento de 0,4 ponto percentual do setor
industrial do estado, passando de 2,7% em 2010 para 3,1% em 2011".
No caso de Minas Gerais, a indústria extrativa, que tem no minério de
ferro seu principal produto, perdeu participação relativa no Brasil
devido ao "ganho de representatividade dos estados produtores de
petróleo".
Fatia de cada região
A representatividade da região Sul caiu de 2010 para 2011 e ficou com
participação de 16,2% no PIB. O Rio Grande do Sul passou de 6,7% em 2010
para 6,4% em 2011. Santa Catarina ficou com 4,1%, e Paraná manteve o
mesmo patamar de 2010, 5,8%.
A região Norte, com 5,4% do PIB em 2011, avançou entre 2010 e 2011. O
aumento da fatia da região ocorreu pelo avanço de Rondônia, de 0,6% em
2010 para 0,7% em 2011, "influenciado pelo impacto da construção das
hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio no rio Madeira".
Tocantins recuou para 0,4% em 2011 e os outros estados mantiveram a participação de 2010.
A região Nordeste reduziu sua participação para 13,4% do PIB. Dos
estados nordestinos, somente Maranhão, Paraíba e Bahia alteraram suas
participações no PIB brasileiro. Maranhão ficou com 1,3% e Paraíba, com
0,9%, avançaram.
A Bahia perdeu 0,2 ponto percentual entre 2010 e 2011, passando de 4,1%
para 3,9%. A participação da indústria de transformação baiana recuou
(de 4,1% em 2010 para 2,8% em 2011). A agropecuária passou de 5,7% em
2010 para 5,4% em 2011, em função da queda na produção de milho e da
participação da criação de aves.
A região Centro-Oeste avançou e voltou ao nível de 2009 (9,6%). Goiás e
Mato Grosso foram os estados que mais contribuíram para o aumento de
participação. Goiás passou de 2,6% para 2,7% do PIB nacional em 2011. A
fatia do Mato Grosso cresceu, chegando a 1,7% do PIB em 2011. Distrito
Federal (4,0%) e Mato Grosso do Sul (1,2%) mantiveram a participação de
2010.
PIB per capita
Em 2011, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná apresentaram PIB
per capita acima da média brasileira, que era de R$ 21.535,65. O
Distrito Federal, com o maior PIB per capita brasileiro, R$ 63.020,02,
representou quase três vezes a média brasileira e quase o dobro da
registrada em São Paulo (R$ 32.449,06), o segundo maior do país.
Entre os estados com PIB per capita menor, estão Maranhão (R$ 7.852,71)
e Piauí (R$ 7.835,75), que foram cerca de 36% do brasileiro.
globo.com
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