Miss Penitenciária de Mato Grosso do Sul 2013, Hellen Moraes, de 20 anos, diz que objetivo dela é "voltar para a casa". "Tenho pai e mãe que me ajudam", fala a jovem, presa, segundo ela, desde 15 de junho quando foi flagrada pela Polícia Federal (PF), no Aeroporto Internacional de Campo Grande, com oito quilos de maconha.
Hellen conta que não queria participar do concurso porque iria se expor e poderia ser alvo de preconceito da sociedade. "Tinha vergonha disso", diz. No entanto, ela foi convencida pela direção do Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi e por colegas de alojamento. "Falavam para eu mostrar que nós detentas também temos belezas."
A jovem aceitou os pedidos, ganhou a etapa municipal e se emocionou com a vitória estadual. "Só comi ameixa e banana. E tomei muita água", conta sobre a preparação. Ao receber a faixa, disse que ficou "surpresa".
O Miss Penitenciária é realizado há 11 anos na unidade penal de Campo Grande e nos demais presídios do estado, há seis. Cada penitenciária escolhe a sua representante, que vai para a disputa estadual.
As roupas, acessórios e calçados utilizados pelas reeducandas nos desfiles com trajes esportivo, social e de banho, são levados pelas diretoras das unidades para que as participantes escolham. Os presentes que elas ganham são doações, conforme Marijane Carrilho, responsável pelo Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi.
A produção cabelo/maquiagem é feita por profissionais. A decoração do presídio para o evento também é trabalho de especialistas, com ajuda das detentas. O evento contou com música ao vivo e presença de autoridades.
Seis participantes do Miss Penitenciária 2013 (Foto: Nadyenka Castro/ G1 MS)
globo.com
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