Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 12 continuam
desaparecidas após a passagem pela China de Haiyan, o tufão que deixou
as Filipinas devastadas com mais de 10 mil mortos e que castiga desde
segunda-feira o gigante asiático, embora enfraquecido como tempestade
tropical.
Segundo confirma nesta terça-feira a imprensa estatal,
as regiões de Guangxi, Cantão e Hunan sofrem fortes tempestades desde a
noite do domingo.
Mesmo enfraquecido, o Haiyan se desloca a uma velocidade aproximada de 15 km/h, com rajadas de até 100 km/h.
Na região autônoma de Guangxi, as autoridades
confirmaram a morte de uma pessoa por causa do desmoronamento de casas e
de estilhaços de vidros, além de cerca de 1 milhão de desabrigados.
Além disso, 25 mil pessoas precisaram ser deslocadas e
249 casas foram derrubadas. Nessa região, duas pessoas morreram e quatro
pessoas permanecem desaparecidas depois de caírem em um rio na
segunda-feira à noite arrastadas pelos fortes ventos do tufão.
Além disso, mais de mil estudantes e professores de uma
escola secundária permanecem ilhados desde a manhã de hoje no colégio
por causa das inundações, confirmou hoje a agência "Xinhua". Os ilhados
por enquanto estão nos andares superiores da escola esperando as equipes
de resgate.
Em Hunan, três pessoas morreram e três permanecem
desaparecidas depois que seu navio virou em uma reserva natural nesta
manhã. Na embarcação estavam dez pessoas, e as equipes deslocados só
puderam resgatar quatro.
Na ilha de Hainan, onde o tufão passou nesse fim de
semana, a tempestade deixou quarto mortos pelo desmoronamento de casas -
cerca de 650 - e quase meio milhão de desabrigados, entre eles 39 mil
retirados.
Até 1.200 povoados permanecem inundados na zona sul de
Hainan, que tem 180 mil desabrigados. Nessa região, cerca de 3.500
moradores ficaram completamente isolados, depois que as enchentes
fecharam as estradas isolando 20 povoado.
O governo local calcula as perdas econômicas só nessa região em cerca de 140 milhões de iuanes (mais de R$ 53 milhões).
As autoridades também confirmaram hoje a morte de dois
dos sete tripulantes de um navio que ficou à deriva no Mar da China
Meridional no sábado - quando os fortes ventos romperam suas cordas e o
arrastaram para fora do porto de Sanya, em Hainan. O restante da
tripulação, cinco pessoas, continua desaparecido.
Haiyan, o tufão mais violento registrado no mundo este
ano, deixou um cenário desolador nas Filipinas, onde estima-se que o
número de mortos pode superar os 10 mil e as equipes de resgate
trabalham a contra o relógio para ajudar as vítimas afetadas nas regiões
centrais do país e buscar sobreviventes.
A ONU afirmou hoje que "espera o pior", enquanto a ajuda humanitária vai chegando ao arquipélago de vários pontos do mundo.
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