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domingo, 8 de setembro de 2013

Síria: Não «fechem os olhos» às armas químicas, apela Obama

O Presidente norte-americano, Barack Obama, pediu hoje aos membros do Congresso que não "fechem os olhos" ao uso de armas químicas na Síria, durante a sua intervenção semanal na rádio.

"Nós somos os Estados Unidos. Não podemos ficar cegos diante das imagens da Síria.[...] É por isso que peço aos membros do Congresso, dos dois partidos, que se unam e ajam para promover o mundo onde nós queremos viver, o mundo que queremos deixar aos nossos filhos e às futuras gerações", disse o Presidente norte-americano, que procura o apoio do Congresso para ataques militares à Síria. 

O Congresso norte-americano deve começar na segunda-feira, dia do recomeço dos trabalhos após as férias, a debater os ataques defendidos por Barack Obama como reação a um ataque alegadamente com armas químicas ocorrido a 21 de agosto nos arredores de Damasco e pelo qual responsabiliza o regime do Presidente Bashar al-Assad. 

"Não responder a este ataque escandaloso aumentaria o risco de ver armas químicas usadas novamente, de as ver cair em mãos de terroristas que as utilizariam contra nós, e isso enviaria uma mensagem desastrosa às outras nações, de que não haveria consequências pela utilização de tais armas", sustentou Obama. 

Obama lembrou que enquanto comandante em chefe [das forças armadas] quer atacar a Síria e punir o regime. 

"A nossa nação será mais forte se agirmos em conjunto e as nossas ações serão mais eficazes. É por isso que peço aos membros do congresso que debatam a questão e que votem para autorizar o uso da força", acrescentou. 

Os membros do Congresso regressam na segunda-feira de férias e um alto responsável republicano da Câmara dos Representantes disse que o voto sobre a autorização do recurso à força contra a Síria ocorrerá "nas duas próximas semanas". 

Barack Obama falará aos norte-americanos na terça-feira. No terreno, os combates entre as forças do regime de Bashar al-Assad e os rebeldes regressaram hoje às imediações de uma cidade cristã a norte de Damasco, dois dias depois de os rebeldes terem retirado de uma das entradas da capital. 

A guerra na Síria dura há mais de dois anos já causou mais de 110 mil mortos e dois milhões de refugiados, segundo dados das Nações Unidas.

Diário Digital com Lusa/http://diariodigital.sapo.pt

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