O presidente dos EUA, Barack Obama, diz não estar certo do apoio do Congresso a uma utilização da força militar contra a Síria e considera que a proposta russa para a Síria entregar as suas armas químicas é um "desenvolvimento positivo" que vai levar "a sério".
foto WIN MCNAMEE/GETTY IMAGES/AFP |
O presidente norte-americano desloca-se, esta terça-feira, ao Capitólio |
Durante uma entrevista à televisão NBC e quando questionado sobre se estava "confiante" quanto ao voto dos parlamentares de uma resolução autorizando o ataque ao regime do presidente Bashar al-Assad, Barack Obama respondeu: "Não digo que estou confiante. [Mas] confio que os eleitos do Congresso estão a tratar esta questão muito a sério e a estudá-la de perto".
Sobre a proposta russa de colocar o arsenal químico sírio sobre controlo internacional, o presidente norte-americano considerou-a um "desenvolvimento positivo" no conflito e prometeu levá-la "a sério".
Na segunda-feira, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, recebeu em Moscovo o seu homólogo sírio, Walid Mouallem, após o que fez uma declaração pública em que apelava aos dirigentes sírios "para que não só aceitem colocar sob controlo internacional o seu 'stock' de armas químicas e, a seguir, destruí-lo, mas também para que adiram plenamente à Organização para a Proibição de Armas Químicas".
foto JEWEL SAMAD/AFP |
Manifestação em frente à Casa Branca contra a ação militar na Síria |
Já durante outra entrevista televisiva, dada à CNN, Obama preveniu qualquer tentativa de diversão ou táticas dilatórias por parte do regime de Damasco e atribuiu a mudança de atitude da Síria às ameaças de ataque feitas pelo seu governo.
"Tenho de dizer que é improvável que tivéssemos chegado a este ponto, em que surgem propostas públicas como esta, sem uma ameaça militar credível para lidar com o uso de armas químicas na Síria", considerou Obama, ao referir-se ao ataque de 21 de agosto, que, segundo estimativas, causou mais de 1400 mortos.
jn.pt
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