O empréstimo do cartão de crédito a terceiros é um dos principais motivos de endividamento dos consumidores da Capital. Segundo o diretor do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de João Pessoa, Lindemberg Vieira, essa situação é comum a 20% dos inadimplentes da cidade. Além disso, o uso do cartão sem moderação e a contratação de empréstimos consecutivos são outros fatores que sujam o nome de vários pessoenses. A falta de educação financeira prejudica não apenas o próprio consumidor, mas também o comércio, que perde mais clientes com poder de compra.
“Cerca de 20% das pessoas que estão inadimplentes chegaram a essa situação porque emprestou o nome para terceiros. Por ser alguém conhecido, a pessoa acredita que vai receber o dinheiro de volta, mas isso nem sempre acontece. Ou seja, a pessoa fica com o nome sujo e ainda perde a amizade”, afirmou o diretor do SPC em João Pessoa.
Nos sete primeiros meses deste ano, 11.028 consumidores de João Pessoa conseguiram limpar o nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O número é 13% inferior em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 12.469 pessoenses conseguiram a positivação e voltaram a consumir sem qualquer restrição. Em todo o ano de 2013, foram incluídos 18.177 novos consumidores pessoenses na lista de inadimplentes do SPC. O número é praticamente o mesmo em relação aos sete primeiros meses de 2012, quando 18.269 pessoas não conseguiram pagar as contas e acabaram com o nome sujo na praça.
O uso indiscriminado do crédito é outro vilão para aqueles consumidores que não têm uma boa educação financeira. Um dos pontos cruciais para não cair na armadilha é lembrar que o cartão de crédito não significa um segundo salário. “Muitos utilizam o cartão como um segundo salário e não consegue pagar depois, até porque os juros cobrados são impraticáveis, chegando até 22% ao mês. É um índice criminoso, grande parte dos consumidores não tem consciência disso e, inclusive, chegam a emprestar o crédito para conhecidos”, frisou o diretor do SPC.
O uso sem planejamento do cartão de crédito levou o funcionário público Expedito Alves a ter o nome negativado. Segundo ele, as dívidas comprometem aproximadamente 60% da renda mensal e, para tentar regularizar a situação, ele tentou a negociação com a empresa. “Tinha uma dívida de R$ 4 mil e consegui negociar para pagar em seis parcelas de R$ 600. Hoje, existe uma dívida com outro banco, também tentei negociar, mas a parcela ficaria R$ 1,2 mil e assim não dá para mim. Vou esperar acabar o financiamento do carro para conseguir quitar, enquanto isso os juros vão subindo há pelo menos um ano”, disse.
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