Animal vertebrado mais primitivo de que se tem notícia, o conodonte viveu há mais de 200 milhões de anos e até hoje inspira curiosidade dos cientistas. Uma recente pesquisa mostra que esse animal pré-histórico, cujo corpo se assemelhava ao de uma serpente, foi também a primeira espécie de vertebrado a ter dentes.
DENTES DO CONODONTE
- As estruturas maiores, destacadas em azul, verde e cinza, eram usadas para capturar os vermes; já as garras mais afiadas, os pares vermelhos, laranjas e amarelos, cortavam as presas em pedaços menores
Os pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, desvendaram como a espécie Panderodus acostatus usava as estruturas pendentes de seu esqueleto, os tais "dentes", para apreender e destroçar as presas que caçava. Isso nunca tinha sido possível porque os fósseis do animal, que não possuía mandíbula, sempre foram encontrados separados dos "dentes".
O grupo aplicou uma técnica similar à usada por engenheiros para a construção de arranha-céus e percebeu que o conodonte guardava um fim específico para cada grupo dessas estruturas.
Os "dentes" maiores mostravam inflexibilidade e resistência para que o bicho capturasse e aprisionasse suas presas - geralmente espécies invertebradas, como os vermes. Já o restante das garras, pares situados na parte da frente e de trás, tinham formas mais afiadas e pontiagudas, sendo ideais para dilacerar e cortar o alimento em pedaços menores.
A importância de estudar os hábitos e, principalmente, a anatomia do conodonte está em sua forma singular.
Há uma variedade tão grande de tipos de "dentes" vistos na família desses animais que não há como compará-los a nenhum outro vertebrado, destacam os pesquisadores no artigo publicado na revista de biologia da Sociedade Real Britânica, a Proceedings B.
uol.com
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