O Dia Nacional de Luta, celebrado pelos trabalhadores em 11 de julho, terá participação dos estudantes na manifestação de rua, na Paraíba. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está convocando todas as categorias para o protesto, que pode se transformar em uma greve geral. Entre as exigências dos trabalhadores está a derrubada do projeto de lei 4.330, que trata sobre contratos de prestação de serviço terceirizado.
“Os estudantes serão os trabalhadores de amanhã e queremos uma grande mobilização para mostrar a todos que precisamos inaugurar uma agenda positiva que trate de fato dos interesses da população. Estamos cansados de pautas em câmaras e assembleias legislativas que tratam de votos de aplauso e títulos de cidadania, e as reformas votadas não são discutidas com a sociedade. Por enquanto, estamos conscientizando os trabalhadores da importância de ir às ruas porque os parlamentares têm medo do povo nas ruas”, afirmou o diretor de administração da CUT na Paraíba, Marcos Henriques.
Segundo ele, serão realizadas assembleias até a próxima semana para definir como será a mobilização. Já em relação à pauta de reivindicação, ele destacou que haverá protesto contra projetos em tramitação no Congresso Nacional e exigidos mais investimentos em saúde e educação, além de projetos de mobilidade urbana e reforma agrária.
“Temos projetos que são contra os direitos dos trabalhadores. O PL 4330 terceiriza atividades fins e isso precariza o emprego. Para se ter uma ideia, a maior rotatividade ocorre com os terceirizados, são 2,6 anos a menos de permanência no emprego, em média. Além disso, há mais acidentes de trabalho e os terceirizados recebem menos. Na categoria bancária, a diferença salarial chega a 75%. Terceirizando o serviço público, também acaba o concurso público e se cria um subemprego. Todo mundo sai perdendo”, avaliou.
Marcos Henriques frisou que os trabalhadores também querem pressionar por leis que combatam a impunidade. “Em qualquer nível, de vereador, prefeito a deputado e presidente, os trabalhadores não se sentem representados e a população precisa ser ouvida”, destacou o diretor da CUT-PB.
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