Nas oitavas de final, vantagem para o São Paulo. Nas quartas, para o Tijuana-MEX. Pela semifinal, com o Newell’s Old Boys-ARG. A primeira das finais da Copa Libertadores, vencida pelo Olimpia-PAR por 2 a 0 no Paraguai, não apresenta um cenário exatamente novo para o Atlético-MG de Cuca. Um time especializado em lidar com a desvantagem no marcador, nesta quarta-feira (24) à noite,21h50, no Mineirão, vai para o tudo ou nada na busca de um título inédito na sua história.
Em todas as fases de mata-mata da Libertadores, o Atlético levou o primeiro gol e precisou reagir. Sempre com o primeiro jogo fora de casa, já que tem a melhor campanha da fase de grupos. Diante dos são-paulinos, virou dentro do Morumbi. Já contra os mexicanos, empatou fora e também no Estádio Independência. Por fim, contra os argentinos, devolveu o 2 a 0 em Belo Horizonte.
Excetuando-se um 0 a 0, o Atlético disputou outros 34 jogos no ano. Em 14 desses, levou o primeiro gol da partida, índice considerado alto para um time de grande aproveitamento. Assim, precisou se desdobrar para colher cinco vitórias e dois empates. Em outros sete jogos, não evitou a derrota, como há uma semana diante do Olimpia-PAR em Assunção.
Talvez pelo espírito sempre ofensivo, o Atlético carrega essa característica já desde o último Campeonato Brasileiro. Apesar de ter acabado a competição com o vice-campeonato, o time de Cuca saiu atrás do placar em 16 dos 35 jogos que tiveram gols. Conseguiu quatro viradas, seis empates e acabou derrotado em outras seis ocasiões.
No Mineirão hoje à noite, encarar o jogo como possível virada passa pelo sentimento de que a decisão é um jogo de 180 minutos, como ocorreu nos três duelos anteriores de mata-mata. E que pode até ter a prorrogação com mais 30 minutos, e eventualmente pênaltis, em caso de vitória do Atlético por dois gols no tempo normal.
Pressão não preocupa treinador
O técnico do Olimpia, Éver Hugo Almeida, não está preocupado com a pressão que a equipe paraguaia pode sofrer no Mineirão lotado, hoje à noite, durante o segundo e decisivo jogo da final da Copa Libertadores, às 21h50 (de Brasília). Em entrevista nesta terça, Almeida preferiu enaltecer o espetáculo que será atuar no estádio mineiro completamente tomado.
Almeida disse à publicação que será espetacular jogar com 70 mil pessoas nas arquibancadas. Como jogador, o treinador do Olimpia tem o recorde de 113 partidas disputadas pela Copa Libertadores, número que permite controlar a pressão exercida sobre seus atletas. A confiança do comandante do time paraguaio é tamanha que ele não dá nem valor para os torcedores brasileiros, que ficaram na madrugada de ontem até cerca de 3h importunando os jogadores do Olimpia no hotel. A atitude, disse o técnico, não fez a equipe mudar de local para dormir na noite de ontem para hoje.
Motivado
O técnico Cuca passou a responsabilidade para Ronaldinho Gaúcho, em sua entrevista na sexta-feira, quando disse acreditar que o armador é a principal peça do time para levar o Atlético-MG ao título da Libertadores. O camisa dez disse não fugir da missão e revelou que sonha em conseguir um jogo perfeito diante do Olimpia, hoje à noite, às 21h50, no Mineirão, para “ficar para a história”.
“Tem um grupo acima de tudo, espero que seja um dia do time do Atlético, espero ajudar também, dar bom passe, assistência pra gol, mas se tiver a noite perfeita, dando passe, fazendo gol, será a noite perfeita, para entrar para a história, mas eu quero ajudar o time”, disse Ronaldinho Gaúcho.
Na entrevista coletiva de sexta-feira, Cuca disse que Ronaldinho Gaúcho, que teve atuação apagada diante do Olimpia, no primeiro jogo da final da Libertadores, no Paraguai, é o atleta mais técnico com quem ele trabalhou até então e revelou confiança que o armador é a sua grande esperança em levar o time mineiro a conquista da competição. “Fico feliz de ter a confiança dos companheiros, comissão técnica e dos torcedores, me deixa confiante”, comentou Ronaldinho Gaúcho.
portal correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário