O primeiro paciente a ter um transplante duplo de pernas teve que amputá-las novamente após doze anos da intervenção médica. O hospital La Fe, em Valencia, Espanha, confirmou a ocorrência e a explicação é que uma doença contraída exigiu a suspensão dos medicamentos que impediam a rejeição dos membros transplantados.
A justificativa da nova amputação é que nesses casos o tratamento da nova doença é uma prioridade e as pernas transplantadas não são consideradas um órgão vital. Assim, o homem que perdeu as pernas pela primeira vez em um acidente de carro, se viu obrigado a aceitar uma nova amputação.
"Nesses casos, o protocolo exige que se o órgão transplantado não é vital, ele deve ser removido para permitir que o paciente possa ser tratado da doença que é mais grave e urgente", informa um boletim médico.
Pedro Cavadas, médico responsável pelo transplante, é chamado de "doutor milagre" por muitos veículos de comunicação espanhóis. Cavadas também foi responsável pelo primeiro transplante duplo de mãos realizado em 2006, um processo complicado que envolve reconexão de nervos, músculos e veias.
sidneyrezende
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