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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nelson Mandela respira com a ajuda de aparelhos


Os sul-africanos prestam homenagem à Nelson Mandela com bilhetes, flores e orações em um muro que cerca o hospital de Pretória.
Os sul-africanos prestam homenagem à Nelson Mandela com bilhetes, flores e orações em um muro que cerca o hospital de Pretória.
EUTERS/Dylan Martinez

RFI
O líder da luta anti-apartheid foi colocado em respiração artificial ontem à noite. O presidente sul-africano Jacob Zuma cancelou uma viagem que faria hoje a Moçambique. Ele fica no país para acompanhar as últimas horas de vida de Nelson Mandela.  Barack Obama deve chegar neste fim de semana ao país.

Os membros mais velhos do clã real dos Thembus, ancestrais de Mandela originários da província do Cabo, visitaram o ex-presidente nesta quarta-feira, a convite da família. Segundo a imprensa local, parentes de Mandela divergem sobre o local onde ele será enterrado.
Antes de adoecer, Mandela disse que desejava ser enterrado em Qunu, o vilarejo onde passou sua infância, mas três filhos do herói antiapatheid estão enterrados na cidade natal de Mandela, a 30 km de Quru. A família está discutindo se vai reunir todos os restos mortais no mesmo local.
Em frente ao hospital onde está internado em Pretória, a peregrinação continua. Durante toda a noite, anônimos acenderam velas, que simbolizam a gratidão e a afeição do povo sul-africano pelo ex-presidente e herói da luta anti-Apartheid. Sua mulher, Graça Machel, tem estado a seu lado dia e noite.
É nesse clima de incerteza que Barack Obama inicia hoje sua agenda oficial na região. O presidente americano desembarcou com a família ontem à noite em Dacar, capital do Senegal, e amanhã vai para a África do Sul.
Hoje Obama se reúne com o presidente senegalês, faz um discurso na Corte Suprema e ainda visita o Museu Casa dos Escravos, na ilha de Goree, onde vai se encontrar com líderes da sociedade civil. Ele também deve visitar a ceka onde Mandela esteve preso, na ilha de Robben Island. Agora de manhã, o presidente Jacob Zuma disse que não sabia se haveria mudanças na agenda de Obama por causa da deterioração do estado de saúde de Mandela.

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