Mais uma morte por dengue e 1.079 casos suspeitos da doença foram notificados em apenas 27 dias, na Paraíba. As notificações tiveram um aumento de 22,12%, conforme os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Do dia 1º de janeiro até o dia 4 de maio, haviam sido notificados 4.876 casos, mas no dia 31 de maio (último boletim) esse número saltou para 5.955. A quantidade de casos confirmados de dengue clássica aumentou 28,39% no mesmo intervalo de tempo, passando de 1.472 para 1.890. Já são 52 casos graves da doença, este ano.
Os óbitos confirmados foram nos municípios de João Pessoa, Arara, Salgado de São Félix, Pitimbu e Conde. A dengue com complicação causou quatro deles e o quinto foi por dengue hemorrágica. Nove mortes continuam em investigação, em João Pessoa (2 óbitos), Campina Grande (1), Alagoa Grande (1), Santa Rita(1), Mari(1), Areia (1), Conde(1) e Santa Cruz (1).
Controle
Apesar do aumento no último mês, a SES considera a dengue no Estado sob controle, quando compara com dados do ano passado. Foi verificada redução de 6,86% nas notificações no período de 1º de janeiro a 31 de maio deste ano, em relação ao mesmo período no ano passado. Nestes primeiros cinco meses, foram notificados 5.955 casos suspeitos da doença, já no ano passado foram 6.394.
De 10 a 14 de junho, as equipes técnicas da SES e das GRS dos municípios de Princesa Isabel, Sousa e Campina Grande estarão desenvolvendo um planejamento estratégico para atualização dos fluxos laboratoriais, assistências para os casos graves e trabalhos das áreas epidemiológica, ambiental e sistema de informação.
Sorotipo 4 não é o mais grave
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou oficialmente, no mês passado, o isolamento do sorotipo 4 em Cajazeiras e João Pessoa. Apesar disso, acredita-se que o vírus circula por todo o Estado, desde o ano passado. Assim, toda a população paraibana está susceptível à infecção da dengue, podendo pegar até quatro vezes a doença. Ao contrário do que se pensa, porém, o tipo 4 não é o mais grave. O infectologista Artur Timerman, organizador do livro Dengue no Brasil – Doença Urbana, explicou que, a cada infecção, as chances de evoluir para um caso grave aumentam 40 vezes, mas é possível ter um quadro hemorrágico na primeira infecção, principalmente com o sorotipo 2, cuja resposta infecciosa é mais intensa na primeira infecção.
O infectologista explicou que qualquer sorotipo da dengue pode evoluir para um caso grave na primeira infecção do vírus, porém o que oferece mais chances é o tipo 2, seguido pelos tipos 3, 4 e 1. Mas, estas chances crescem até 40 vezes no caso de uma segunda infecção de qualquer outro sorotipo.
“Por observação, as pesquisas mostram que as chances variam de 10 a 25% de ter as formas graves da doença pelo sorotipo 2. Uma pessoa que é infectada fica protegida por até um ano dos outros sorotipos. Depois desse período, a pessoa perde essa proteção e fica imunizada por toda a vida apenas por aquele sorotipo que a infectou”, explanou.
Sem sintomas
O infectologista Artur Timerman ainda disse que existe uma proporção de casos de pessoas que têm a infecção subclínica, ou seja, são expostos à picada infectante do mosquito Aedes aegypti, mas não apresentam a doença clinicamente o que ocorre com 20 a 50% das pessoas infectadas. “É importante lembrar que muitas vezes a pessoa não sabe se já teve dengue por duas razões: uma é que pode ter tido a infecção subclínica (sem sinais e sem sintomas), e outra é pelo fato da facilidade com que o dengue, principalmente nas formas brandas, pode confundir-se com outras viroses febris agudas”.
Os óbitos confirmados foram nos municípios de João Pessoa, Arara, Salgado de São Félix, Pitimbu e Conde. A dengue com complicação causou quatro deles e o quinto foi por dengue hemorrágica. Nove mortes continuam em investigação, em João Pessoa (2 óbitos), Campina Grande (1), Alagoa Grande (1), Santa Rita(1), Mari(1), Areia (1), Conde(1) e Santa Cruz (1).
Controle
Apesar do aumento no último mês, a SES considera a dengue no Estado sob controle, quando compara com dados do ano passado. Foi verificada redução de 6,86% nas notificações no período de 1º de janeiro a 31 de maio deste ano, em relação ao mesmo período no ano passado. Nestes primeiros cinco meses, foram notificados 5.955 casos suspeitos da doença, já no ano passado foram 6.394.
De 10 a 14 de junho, as equipes técnicas da SES e das GRS dos municípios de Princesa Isabel, Sousa e Campina Grande estarão desenvolvendo um planejamento estratégico para atualização dos fluxos laboratoriais, assistências para os casos graves e trabalhos das áreas epidemiológica, ambiental e sistema de informação.
Sorotipo 4 não é o mais grave
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou oficialmente, no mês passado, o isolamento do sorotipo 4 em Cajazeiras e João Pessoa. Apesar disso, acredita-se que o vírus circula por todo o Estado, desde o ano passado. Assim, toda a população paraibana está susceptível à infecção da dengue, podendo pegar até quatro vezes a doença. Ao contrário do que se pensa, porém, o tipo 4 não é o mais grave. O infectologista Artur Timerman, organizador do livro Dengue no Brasil – Doença Urbana, explicou que, a cada infecção, as chances de evoluir para um caso grave aumentam 40 vezes, mas é possível ter um quadro hemorrágico na primeira infecção, principalmente com o sorotipo 2, cuja resposta infecciosa é mais intensa na primeira infecção.
O infectologista explicou que qualquer sorotipo da dengue pode evoluir para um caso grave na primeira infecção do vírus, porém o que oferece mais chances é o tipo 2, seguido pelos tipos 3, 4 e 1. Mas, estas chances crescem até 40 vezes no caso de uma segunda infecção de qualquer outro sorotipo.
“Por observação, as pesquisas mostram que as chances variam de 10 a 25% de ter as formas graves da doença pelo sorotipo 2. Uma pessoa que é infectada fica protegida por até um ano dos outros sorotipos. Depois desse período, a pessoa perde essa proteção e fica imunizada por toda a vida apenas por aquele sorotipo que a infectou”, explanou.
Sem sintomas
O infectologista Artur Timerman ainda disse que existe uma proporção de casos de pessoas que têm a infecção subclínica, ou seja, são expostos à picada infectante do mosquito Aedes aegypti, mas não apresentam a doença clinicamente o que ocorre com 20 a 50% das pessoas infectadas. “É importante lembrar que muitas vezes a pessoa não sabe se já teve dengue por duas razões: uma é que pode ter tido a infecção subclínica (sem sinais e sem sintomas), e outra é pelo fato da facilidade com que o dengue, principalmente nas formas brandas, pode confundir-se com outras viroses febris agudas”.
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