A Paraíba pretende alfabetizar 98 mil jovens e adultos ainda este ano, 15,34% do total de pessoas que não sabem ler e escrever no Estado. A meta, encaminhada para o Ministério de Educação e Cultura (MEC), faz parte do processo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado. As aulas estão programadas para ser iniciadas no mês de agosto e, até agora, 60 mil paraibanos já se cadastraram. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Paraíba tem o 3º maior índice de analfabetismo do País (20,2%), que significa 638.826 paraibanos acima de 10 anos de idade que não sabem ler ou escrever o nome.
No ranking dos Estados que contabilizam o maior número de analfabetos, figuram também outros da região Nordeste. A Paraíba fica atrás apenas do Alagoas (22,5%) e Piauí (21,01%). Este ano, o programa Brasil Alfabetizado completa 10 anos e, na Paraíba, a parceria é feita também com entidades privadas, igrejas, associações de moradores, entre outras instituições. “Temos parcerias com o projeto Sal da terra, que atende o povo do campo, com o Movimento dos Sem Terra (MST), com comunidades indígenas e quilombolas, com igrejas, entre outros. O programa é feito entre Governo Federal, Estado e Municípios, mas estamos abertos a apoiar qualquer entidade que queira auxiliar nesse processo de alfabetização”, explicou a gerente de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado da Educação, Maria Oliveira.
Ainda de acordo com a gerente, os índices de analfabetismo de 2012 ainda não estão concluídos e só devem ser divulgados no mês de agosto, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Para ela, apesar da colocação da Paraíba no panorama nacional, o Estado vem progredindo na luta contra o analfabetismo. “Nós avançamos muito na diminuição do analfabetismo na Paraíba em relação aos anos anteriores. De acordo com dados, da Pnad, em 2001 o Estado registrava 27,36% de analfabetos. Já em 2011 , na Pnad, temos 16,83% (o MEC ainda considera dos dados do Censo). É uma queda muito significativa”, afirmou.
O Brasil Alfabetizado é desenvolvido com atendimento prioritário a 1.928 municípios que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Os cursos têm duração de seis ou oito meses e devem ser ministrados em localidades próximas das moradias dos estudantes e em horários compatíveis com as demais atividades dos matriculados. Para que o aprendizado seja mais efetivo, são obrigatórias, no mínimo, dez horas de aula semanais.
A reportagem tentou entrar em contato com a secretária de Estado da Educação e com a sua assessoria de imprensa, mas não foi atendida.
portal correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário