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domingo, 21 de abril de 2013

Hospital divulga imagem de arpão na cabeça de homem em Petrópolis, RJ EM 19 DE ABRIL DE 2013 AS 08H16 Bruno Barcellos de Souza Coutinho passa bem após duas cirurgias. Acidente aconteceu na noite do último domingo (14).


Crédito: Pedro Azzi
Exame que mostra o arpão alojado no crânio do paciente comparado ao objeto já retirado
Milagre e, sem dúvida, uma boa ajuda de uma equipe médica. Assim pode ser brevemente resumido o caso de Bruno Barcellos de Souza Coutinho, de 34 anos, que atirou um arpão contra a própria face em Petrópolis, Região Serrana do Rio, atingindo o olho esquerdo e perfurando o crânio. Nesta quinta-feira (18), o corpo médico do Hospital Santa Teresa (onde a vítima continua internada no CTI, sem previsão de alta), falou com a imprensa sobre os dois procedimentos cirúrgicos feitos no paciente, que chegou ao hospital nesta segunda-feira (15).

Bruno se feriu acidentalmente na noite do último domingo (14) quando limpava um arpão de pesca, segundo relatou ao hospital quando deu entrada na unidade, estando lúcido, nesta segunda-feira (15). A vítima, que ficou com o arpão alojado na cabeça por mais de 10 horas, foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros após ter sido acionado por uma tia de Bruno. No mesmo dia, ele passou por uma cirurgia de emergência para a retirada do artefato. Nesta terça-feira (16), o paciente passou pela segunda cirurgia, dessa vez com a equipe de oftalmologia. No procedimento, os médicos conseguiram preservar o globo ocular, no entanto, a visão do olho esquerdo atingido foi perdida.

De acordo com a equipe médica que atendeu o paciente, o artefato não atingiu nenhum vaso cerebral. De sequela, por enquanto, somente a perda da visão esquerda. “A situação é toda incomum: por ser um artefato de pesca submarina numa cidade que não tem praia; o acidente no dia anterior à vinda para o hospital e o fato do objeto passar por zonas menos nobres, mas não neutras”, pontuou o chefe da neurocirurgia do hospital, Dr. Orlando Maia.

Procedimentos cirúrgicos

Cerca de quatro horas. Esse foi o tempo em que as equipes de buco-maxilo-facial e neurocirugia levaram para conseguir fazer a remoção do artefato (de cerca de 30 cm), que entrou no globo ocular esquerdo, cruzou o crânio e se alojou na parte superior do cérebro, com cerca de 15 cm de perfuração. Um procedimento mais complexo do que o imaginado, pois não bastaria apenas retirar o objeto. Por se tratar de um arpão – que na ponta tem uma espécie de “garra” - o cuidado era evitar ainda mais danos ao paciente. Antes de qualquer ação, foi feita uma arteriografia, um exame para checar se o objeto tinha afetado algum vaso cerebral. “Passou ao lado, a milímetros de artérias importantes e vitais, mas não atingiu nenhuma”, ressaltou o chefe da traumatologia buco-maxilo-facial, Dr. Edelto Antunes, que lembrou ainda, a importância da troca de conhecimento da equipe multidisciplinar.

Os médicos optaram por fazer o caminho inverso do que normalmente seria feito. A cirurgia foi feita pelo lobo frontal e lobo lateral esquerdo. O resultado foi positivo e Bruno não apresentou nenhuma deficiência neurológica. “O objeto estava na parte posterior do crânio, na estrutura óssea. Todo o osso da parte frontal foi retirado para a remoção do objeto”, explicou Dr. Diogo.

A  equipe de oftalmologia foi acionada para o segundo procedimento (que durou cerca de uma hora e meia) feito nesta terça-feira, no qual seria avaliado o estado do globo ocular do paciente. E era exatamente esta a prioridade dos médicos, pois avaliaram que a visão do olho esquerdo já estava perdida por conta da gravidade do ferimento. “O nosso grande temor era com a anatomia da região, preservar o globo ocular”, comentou o oftalmologista João Roberto Tardin. De acordo com ele, o paciente chegou com extravasamento de conteúdo ocular e o risco de infecção, com a retirada do globo ocular, é muito grande.

 “Seria impossível recuperarmos o globo ocular e a visão. Já imaginávamos que teríamos que tirar o globo.  É um procedimento muito difícil e complexo. Não podíamos deixar de esquecer a questão estética. Mantermos o globo ocular do paciente foi uma grande vitória”, ressaltou o médico.


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