Às vésperas da estreia na Copa das Confederações 2013, a Seleção Brasileira segue apresentando um futebol aquém do esperado pela torcida. A mais nova amostra veio nesta quarta-feira, em amistoso diante do Chile no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Na primeira partida da equipe em um dos estádios reformados para a competição (e também para a Copa do Mundo de 2014), a equipe de Luiz Felipe Scolari mostrou muita irregularidade e ficou no empate por 2 a 2.
O resultado em Minas Gerais deu sequência à série pouco positiva do Brasil às vésperas das competições em casa. Desde que venceu Iraque (6 a 0) e Japão (4 a 0) em outubro de 2012, ainda com Mano Menezes no comando, a equipe contabilizou uma derrota (2 a 1 com a Inglaterra) e três empates (1 a 1 com a Colômbia, 2 a 2 com a Itália e 1 a 1 com a Rússia). Neste intervalo, em jogos fora das datas Fifa, venceu a Argentina no Superclássico das Américas e a Bolívia.
No amistoso desta quarta, também em data não-oficial, Felipão lançou mão de algumas novidades. Na lateral direita, testou o volante Jean – depois substituído por Marcos Rocha, lateral de origem. Na zaga, escalou Dedé e Réver, em um dos últimos testes por vagas abertas para a Copa das Confederações. No meio-campo, em busca de entrosamento, escalou os corintianos Ralf e Paulinho. E, no ataque, Neymar e Leandro Damião começaram a partida.
Para a torcida, sobram dúvidas a respeito da equipe que disputará a Copa das Confederações. A partida foi a última antes da divulgação da lista de convocados, que sairá em 14 de maio. Com a relação em mãos já fechada, Felipão tem ainda dois amistosos para moldar o time em busca do título.
Nos primeiros minutos da partida desta quarta, a defesa brasileira deu uma generosa amostra de desatenção – e que custou caro. Com 7min, após falta cobrada na área pela esquerda, Vargas levantou a bola e Cavalieri espalmou. Cortés centrou para a área de cabeça e González, zagueiro do Flamengo, empurrou para as redes. De quebra, aos 12min, Mena arrancou pela esquerda, invadia a área e só não ampliou porque Diego Cavalieri saiu bem e impediu o segundo gol chileno.
Mas mesmo em meio à desorganização, o Brasil conseguiu se lançar ao ataque. Aos 15min, por exemplo, o meio-campista Jadson recebeu de Ronaldinho e acertou um chute cruzado cheio de veneno da entrada da área, mandando na trave. Mais tarde, com 24min, Neymar cobrou escanteio pela esquerda, e Réver apareceu na primeira trave para cabecear ao chão e fazer 1 a 1.
Ao mesmo tempo em que a defesa do Brasil claudicava, como na perigosa bicicleta de Mena aos 23min, o ataque conseguia algumas raras trocas de bola com eficiência. Foi assim aos 34min, quando Jean – atuando de lateral direito – abriu bola clara na esquerda para Neymar, que exagerou na força e mandou por cima do gol de Johnny Herrera. Assim, no intervalo, Felipão buscou alternativas, sacando Dedé na zaga e Leandro Damião no ataque.
E foi graças a intervenções de Henrique no setor defensivo e Alexandre Pato no ofensivo que o Brasil chegou ao gol da virada. Com 7min, após roubada de bola do zagueiro palmeirense no meio de campo, Jadson recebeu na intermediária e lançou para o atacante corintiano – livre na área, Pato rolou para a esquerda para Neymar, que apenas teve o trabalho de mandar para as redes.
O time do técnico Jorge Sampaoli, porém, chegou rapidamente ao empate. E com categoria. Aos 19min, Vargas recebeu na esquerda, limpou a marcação na intermediária e bateu colocado, no ângulo de Diego Cavalieri. Mais uma vez Felipão olhou para o banco e resolveu apostar em entradas: Fernando no posto de Ralf, Osvaldo na vaga de Jadson e Marcos Rocha na posição de Jean. Só que, mais uma vez, o time pereceu à falta de jogadas.
Depois de vaiar a Seleção no intervalo, a torcida gritou "olé" para o toque de bola dos chilenos, aplaudiu os arremates rivais e voltou a vaiar – sobrou para Neymar, bastante questionado. Agora, que venham os amistosos contra Inglaterra (dia 2 de junho, no Maracanã) e França (dia 9 de junho, na Arena do Grêmio) para que Felipão faça os últimos ajustes no Brasil. Depois disso, estreia na Copa das Confederações em 15 de junho, contra o Japão, em Brasília.
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